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Para o técnico do Náutico, terminar em primeiro lugar vale mais pela autoestima e confiança

Dal Pozzo não vê vantagem de decidir em casa, principalmente na Arena Pernambuco

postado em 28/03/2016 08:19 / atualizado em 28/03/2016 08:19

Emanuel Leite Jr. /Especial para o Diario

Karina Morais/Esp. DP
A pressão pelo título no Náutico é grande. O clube não levanta um troféu desde o Campeonato Pernambucano de 2004 e o longo jejum incomoda a torcida, ávida por soltar, novamente, o grito de campeão. O treinador alvirrubro, Gilmar Dal Pozzo, é ponderado. É por isso que, desde a pré-temporada, fala que é preciso trabalhar por etapas. Antes de falar em título, era preciso assegurar a presença na semifinal. Alcançado o primeiro objetivo com três rodadas de antecedência, uma nova meta passa, então, a ser perseguida: terminar o hexagonal na liderança. Para o técnico, entretanto, não pela suposta vantagem de mandar os jogos decisivos em casa - pois, em sua visão, é algo que não faz diferença -, mas, sim, pela autoestima do seu elenco. Pelo fato de chegar à fase decisiva da competição com a confiança de quem tem consciência de que é capaz de superar todos os obstáculos.

O Náutico entrou na nona e penúltima rodada do Campeonato Pernambucano ostentando a primeira colocação do hexagonal. Posição que foi perdida ontem. Como seu jogo com o Central, que deveria ter acontecido no último sábado ficou para o dia 2 de abril, o alvirrubro caiu para a segunda colocação com a vitória do Salgueiro sobre o Sport, por 1 a 0. Posição que pode ser recuperada ao fim da rodada, quando o Timbu encarar a Patativa neste fim de semana. E que o técnico Gilmar Dal Pozzo tem como meta a ser alcançada neste momento da competição. “Nós temos um objetivo bem claro, que é a classificação em primeiro lugar”, admitiu o treinador.

Mas se engana quem pensa que a busca pela liderança tem a ver com a hipotética vantagem de decidir a vaga na final em casa - e, chegando à grande decisão, disputar o jogo do título diante do seu torcedor. Para Dal Pozzo, o primeiro lugar é mais importante por outra razão. “É mais pela autoestima”, afirma. E o treinador explica seu ponto de vista. “Se fosse nos Aflitos, acho que terminar em primeiro lugar daria o direito de jogar a decisão em casa, tiraria um grande proveito. Mas essa possibilidade não existe. Então, considerando que a Arena às vezes é um campo neutro para nós, não vejo vantagem nenhuma neste enfrentamento de jogar a primeira fora”, argumenta. “Ninguém me convence disso de que jogar a primeira ou segunda fora é vantagem. Eu não vejo vantagem alguma”, acrescenta.

Ansiedade pelo mata-mata
O comandante alvirrubro confessa que não gosta do formato do Estadual. “Não sou adepto do mata-mata. Temos que nos preparar porque é o regulamento. Mas vejo que para a justiça do futebol, a melhor equipe é em pontos corridos”, opina. Questões normativas à parte, quem não esconde a ansiedade pela proximidade do mata-mata é o goleiro Júlio César. “Cada dia que passa, que chega mais perto do mata-mata, o friozinho na barriga vai aumentando. Expectativa aumenta, porque a gente sabe que a possibilidade é real. É difícil. Vai ser outro campeonato, um mata-mata. Mas a possibilidade de título é real.”