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Náutico tem média de três treinadores por temporada desde que voltou a jogar a Série B

Timbu busca nome do segundo técnico do ano com o sentimento de que a situação pode se repetir

postado em 17/02/2017 08:15 / atualizado em 17/02/2017 09:17

Ricardo Fernandes/DP/D.A Press//Rafael Martins/DP/D.A Press//Karina Morais/Esp.DP//Nando Chiappetta/DP//Nando Chiappetta/DP//Mandy Oliver/Esp.DP
Em uma temporada que o Náutico terá no mínimo 55 jogos, trocar o técnico com apenas sete partidas mostra várias facetas do clube. Impaciência e planejamento mal feito podem ser algumas delas. Sinais de que o discurso sobre trabalho de curto a médio prazo, algo que foi bastante falado na apresentação de Dado Cavalcanti, são apenas floreios. Trocar o comando técnico tem sido a rotina do Timbu, desde que a equipe voltou a disputar a Série B. Após utilizar cinco treinadores em 2013, o clube vem mantendo a média de três treinadores por temporada.

Após a decepcionante campanha que rebaixou o Alvirrubro na lanterna da Série A, os horizontes para 2014 eram tenebrosos e pediam mudanças radicais. Elas vieram com a chegada de Lisca, mas duraram pouco. Após o técnico gaúcho pedir as contas, Sérgio China (de forma interina) Sidney Morais e Dado Cavalcanti comandaram a equipe naquele ano e o Náutico terminou a Série B longe do seu objetivo que era o acesso.

Em 2015 não foi diferente. Após começar a temporada com Moacir Junior, que ficou no clube por apenas nove jogos, Lisca voltou para tentar salvar o primeiro semestre do clube. Não deu certo e o Timbu foi eliminado da Copa do Nordeste e do Campeonato Pernambucano. Na Série B o técnico até começou bem, mas não resistiu a uma má sequência e foi substituído por Gilmar Dal Pozzo que fez o time subir de produção, mas deixou o clube na quinta posição. Insuficiente para alcançar o acesso. 

Dal Pozzo seguiu no comando em 2016 e parecia que o Náutico teria o mesmo técnico até o fim do ano. O time começou a temporada encantando, mas a eliminação na Copa do Brasil na primeira fase e a derrota na semifinal fez a direção demiti-lo e trazer Alexandre Gallo, que retornava ao clube pela terceira vez. Outro erro que só foi corrigido quando Givanildo Oliveira assumiu a equipe e quase levou o time ao acesso. Outro quase e desta vez mais decepcionante, já que perdeu para o Oeste na última rodada dentro de casa. 

Estas trocas insistentes mostram o quanto o clube vem sendo gerido sob pressão intensa por resultados. Até o momento, a direção alvirrubra não havia decidido quem assumiria o comando técnico para o seguimento da temporada. Porém, independentemente de quem tenha esta tarefa, não será novidade alguma que uma nova troca ocorra no primeiro sinal de turbulência.