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Jogadores do passado e do presente do Náutico comentam rodada dupla do Estadual

Gena, Tiago Cardoso e Tiago Alves foram ouvidos pelo Superesportes e opinaram sobre novidade que ocorre na próxima quarta-feira, na Arena

postado em 31/03/2017 19:32 / atualizado em 31/03/2017 19:38

Marlon Diego/Esp.DP
Na próxima quarta-feira, o Campeonato Pernambucano terá um dia especial em que uma prática do século passado será repetida. A Arena de Pernambuco receberá uma rodada dupla com o Náutico enfrentando o Central na primeira partida e, na sequência, o Santa Cruz sendo o visitante contra o Belo Jardim. Situação bem comum há algumas décadas e que foi vivenciada pela lateral Gena na sua carreira pelo Náutico e Santa Cruz.

"Lembro de uma rodada dupla em 1973, nos Aflitos. É legal que tudo se concentra no horário do jogo. O time que jogar primeiro, se precisar do resultado, vai jogar entrar para ganhar. Os que jogam depois já ficam de olho no que vai acontecer", relembrou,

A última vez que um estádio em Pernambuco recebeu quatro jogos de um Estadual não foi na época de Gena. Há 21 anos, no dia 28 de janeiro de 1996, houve uma rodada dupla, na Ilha, na abertura do Campeonato Pernambucano. Primeiro, Santa 2 x 1 Central. Na sequência, Sport 2 x 2 Náutico. As quatro torcidas marcaram presença.

A experiência será algo novo até para quem é bastante experiente no futebol nacional e pernambucano. Tiago Cardoso, atual goleiro do Náutico e que teve passagem marcante pelo Santa Cruz, ficou surpreso quando soube da alteração da tabela. “Já tinha visto acontecer preliminar da equipe júnior. Mas como profissional é a primeira vez. É novo para mim. Já vi time jogar com menos de 24 horas de intervalo, mas assim nunca”, confidenciou.

A mudança pode ser interessante para o torcedor na opinião do zagueiro Tiago Alves. Vai ser uma oportunidade de observarem os adversários e até torcer contra. “Nunca cheguei a jogar em rodada dupla. Para o torcedor é uma boa. O público está um pouco pequeno e acho que pode ser um atrativo a mais. Até para o torcedor rival seria interessante. Você paga um e leva dois. Para nós, atletas, não muda muito”, contou.

Torcidas misturadas só no passado

O esquema das torcidas ainda não foi divulgado, mas um dos atrativos para o torcedor poderia ser algum setor em que todos pudessem ficar juntos. Experiência que era comum na década de 1970, segundo Gena. Porém, uma prática que não voltará a acontecer desta vez, pois a Arena de Pernambuco não cogita essa possibilidade. “Eu acho difícil isso acontecer. As torcidas estão brigando muito hoje. Antigamente, o marido ia com a camisa do Sport, a mulher com a camisa do Santa Cruz e ficavam todos juntos sem problema”, falou, com saudosismo.