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Com Náutico rebaixado, Roberto Fernandes faz balanço, não poupa elenco e já planeja 2018

Treinador alvirrubro disse que só vai escalar 'jogadores com a cabeça no lugar'

postado em 11/11/2017 20:40 / atualizado em 11/11/2017 21:41

Ricardo Fernandes/DP
Com o Náutico matematicamente rebaixado para a Série C, o técnico Roberto Fernandes antecipou o balanço da sua passagem pelo clube durante a Série B. Ou pelo menos parte dele, porque o treinador adiantou que tem muito mais a falar do que externou na coletiva logo após a derrota por 2 a 1 para o Londrina, neste sábado, na Arena de Pernambuco. “No momento oportuno, vou ter uma conversa com vocês da imprensa e transmitir o porquê da queda”, disse.

Mas Roberto falou bastante. E não se furtou a falar de assuntos delicados, como a dedicação de alguns jogadores para estes jogos finais do Náutico na Série B e como isso afeta o planejamento do clube para 2018 - por sinal, no qual o treinador tratou de se incluir. “Agora é começa a pensar 2018. Já usei esse jogo para dar oportunidade, principalmente, a quem quer ficar no Náutico. Foi um casamento muito desgastante desse grupo, e falo de todos, comissão, atletas, diretoria, no qual já não se havia muito prazer de vir trabalhar”, afirmou o treinador. “É ter o máximo de bom senso possível para os últimos jogos. Colocar em campo jogadores com  a cabeça no lugar, que encarem como oportunidade e, sobretudo, respeito à camisa do Náutico”.

Os comentários sobre a atuação do Náutico foram poucos. Se limitaram a algumas palavras, que logo se emendaram a uma análise fria sobre os fatores que levaram ao rebaixamento do clube. Nisso Roberto se estendeu bastante. “De uma forma geral, foi a cena de uma morte anunciada. Se for analisar friamente a partida, o Náutico nem merecia perder esse jogo. Que fosse um empate”, disse o treinador. “Se for pegar número de vitórias, eficácia entre ataque e defesa… é só bater essa conta e vai ver que, merecidamente, o Náutico chegou a essa situação”.

Não foram poucas as vezes que Roberto citou seus números à frente do Náutico. E mesmo procurando deixar claro que não se exime de responsabilidade pelo rebaixamento, não deixou também de afirmar que, caso tivesse chegado antes, o fim da história poderia ter sido diferente. “Não quero tirar 1 um centavo da minha responsabilidade. Mas, sob o meu comando, o time conquistou seis vitórias. Se tivesse seis vitórias no primeiro turno, não teríamos sido rebaixados”, comentou, se colocando à disposição para conduzir o time ao retorno. “Tudo passa pelo planejamento. Então, existe a intenção da diretoria na minha permanência e fico feliz com isso. Minha intenção é botar a minha cara a bater e reconduzir o Náutico do lugar que não deveria ter saído”.