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'Como é bom estar em casa': retorno do Náutico aos Aflitos é marcado por encontro de gerações

A emoção foi a tônica encontrada nas arquibancadas em alvirrubros de todas as idades que estiveram presentes na reinauguração do estádio do Timbu

postado em 17/12/2018 08:32 / atualizado em 17/12/2018 10:18

Thiago Santos/Esp.DP
Por cinco anos e seis meses, os torcedores alvirrubros ficaram apartados de sua casa. Foram exatos 1633 dias entre o último jogo, contra a Portuguesa, em junho de 2013. A emoção nos olhares dos adeptos do Timbu era nítida. Se fizeram presentes torcedores, homens, mulheres e crianças, de todos os tamanhos e idades. O sentimento que exprimiam aqueles que estavam presentes era quase unânime: uma gigantesca felicidade de estar de volta em casa. 

A volta aos Aflitos motivou mais de 17.357 alvirrubros a saírem de casa no último domingo e irem prestigiar o retorno do Timbu para sua centenária casa. Foi este sentimento de amor pelo clube que moveu a família Mafra, que esteve presente com Maria Alice, de 6 anos, que esteve no primeiro jogo do Timbu, na Arena Pernambuco, o pequeno Milton, de nove meses, estreando como torcedor e seus pais. “É muito emocionante. Ficamos no sol, no calor, mas é muito gratificante. É um dia para guardarmos na memória pelo resto de nossas vidas”, afirmou a mãe das crianças Michelle Mafra.
 
O amor ao clube já é tradição familiar. As crianças, que carregam um sobrenome bastante presente ao longo da história alvirrubra, são bisnetas de Fernando Sepra Mafra, atacante bicampeão pernambucano pelo Náutico em 1950 e 1951. “Esse amor já é tradição de família. Veio dos bisavós, para os avós, para os pais e agora chegou aos nossos filhos. É uma das heranças da família”, salienta Michele. 

Se Milton e Maria Alice estavam conhecendo os Aflitos pela primeira vez, boa parte do público era composto de antigos alvirrubros que se encontravam emocionados pela volta às origens. Este foi o caso do aposentado Jonas Nascimento, que aos 83 anos voltou a ver o Náutico onde vai para assistir os jogos do clube do coração desde a década de 1950. “Eu comecei a frequentar os Aflitos em 1955. Vivi uma das grandes emoções de minha vida aqui com o hexacampeonato e fiquei muito emocionado de rever e relembrar nosso jogadores do passado como Kuki e uma infinidade de outros craques passaram por aqui”, comenta.

Jonas também fez elogios ao esforço que a atual diretoria fez para entregar aos alvirrubros sua casa, em especial ao atual mandatário do clube, Edno Melo. “Desde que frequento o Náutico, eu ainda não tinha visto um presidente tão ativo como o atual. Ele não é um arquimilionário e, apesar disso, conseguiu reunir os alvirrubros e fazer essa obra com muito trabalho duro.” 

Thiago Santos/Esp.DP
Por fim, o veterano torcedor coloca que ficou muito satisfeito com as mudanças feitas no novo ‘velho conhecido’ e celebrou a facilidade de mobilidade para ver o Náutico. “O estádio novo é muito bom. É aconchegante. Voltamos para nossa casa. A Arena é grande, uma construção suntuosa, mas não se compara com isso aqui. Eu moro em Bairro Novo (Olinda), para chegar na Arena Pernambuco, eu demorava mais de duas horas. Para chegar aqui, na nossa casa, eu chego em 40 minutos. É muito melhor. Tô satisfeito e feliz da vida”, finalizou.