Náutico

NÁUTICO

Diretoria do Náutico prega cautela sobre Série B: 'Não vamos fazer um time que não se pague'

Em contato com o Superesportes, Edno Melo, manteve o discurso no planejamento austero, sem loucuras, para a disputa da temporada 2020

postado em 11/10/2019 06:00 / atualizado em 11/10/2019 19:30

<i>(Foto: Léo Lemos/CNC)</i>
O discurso é de pés no chão nos bastidores do Náutico. Após conquistar o acesso à Série B e o inédito título nacional no último domingo, os dirigentes do Timbu começam, pouco a pouco, a traçar o planejamento para o ano de 2020. No entanto, apesar da euforia natural pelo momento em que vive o clube, a cúpula do Alvirrubro destacou o trabalho a ser feito na próxima temporada, e adotou cautela quanto a um assunto em especial: um possível acesso à Série A.

“O acesso, os títulos, eles têm que ser consequência do trabalho e não a causa. A gente teve acesso e depois o título esse ano porque a gente plantou um projeto no passado. Não foi, de repente, ‘vamos fazer um time agora’. Não foi. O que eu posso dizer é que a gente vai montar um time forte, nós já temos uma base de um time forte", reforçou o presidente do Náutico, Edno Melo, em contato com a reportagem do Superesportes

O mandatário alvirrubro ainda pontuou que o objetivo primeiro é a manutenção dos salários em dia com o elenco a ser montado. "A gente não vai fazer um time para não se pagar", resumiu. 

Desde que assumiu a gestão do Náutico para o biênio 2018-2019, o presidente Edno Melo, ao lado do vice Diógenes Braga, honraram com os compromissos dos atletas. Em nenhum mês, nestes dois anos, o Timbu atrasou seus vencimentos. 

"A gente vai qualificar mais o elenco, até porque a gente vai ter outros campeonatos. Mas não vamos sair da realidade do clube. A gente não vai fazer um time para não pagar. O Náutico vai ter as cotas agora da Série B e dentro dessas cotas, dentro dos patrocínios que a gente conseguir, a gente vai manter uma folha que pague-se em dia todo mês", enalteceu o presidente do Náutico. 

Segundo o dirigente, as conquistas dos últimos anos, o acesso à Série B e o título da Série C deste ano, além taça de campeão pernambucano após 14 anos de jejum e a chegada à semifinal da Copa do Nordeste de 2019 foram consequências, e não as causas primeiras pelas quais a sua gestão se doou.

"Os frutos estão aí. Campeão pernambucano no ano passado, campeão esse ano, acesso, a gente chegou na semifinal da Copa do Nordeste. Enfim, isso tudo tem que ser consequência. Eu não posso fazer ‘agora a gente vai fazer tudo, dar a vida para poder fazer um time para subir para a Série A. Tenho que fazer um time na realidade do Náutico, sendo austero e pagando em dia para que esse time seja competitivo e suba", destacou Edno Melo. 

O presidente do Náutico ainda fez questão de relembrar os fracassos do passado, de modo que sejam aprendidos e não repetidos. Como foi o caso do Alvirrubro em 2016, comentado por ele. Na época, o Timbu disputava a Série B e, por pouco, na última rodada, diante do Oeste, foi ajudado por uma combinação de resultados, mas perdeu para o time paulista. No ano seguinte, fez uma campanha de baixo nível na Segundona, o que culminou no rebaixamento à Série C. 

"As lições do passado a gente tem que aprender. Em 2016 aconteceu justamente isso. Criou-se um time com a obrigação de ‘tem que subir, tem que subir, tem que subir’, não subiu e quando chegou em 2017 foi um caos que foi. Então a gente não pode pregar um discurso e fazer outra coisa", finalizou.