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Com passagem na Itália, Marcão fala sobre o coronavírus e teme problema maior no Brasil

Goleiro alvirrubro, que atuou por clubes como Treviso, Chievo e Fiorentina, têm amigos no país europeu

postado em 20/03/2020 19:47

(Foto: Caio Falcão/CNC)
Os números da pandemia de Covid-19 assustam o mundo todo, com a suspensão de atividades em diversos países, entre eles. Estima-se que até esta sexta-feira, segundo dados da Organização Mundial de Saúde, o mundo alcançou a marca de 200 mil pessoas infectadas. No entanto, nenhum outro país sofre mais que a Itália até então. Já são mais de 47 mil doentes no país, com 4.032 mortes contabilizadas, sendo 627 delas nas últimas 24 horas.

Cenário complicado também para o futebol no país. Os atletas não foram poupados da recomendação de confinamento em suas casas, tanto na Itália, quanto no Brasil. Conhecedor dos dois cenários, o goleiro Marcão, do Náutico, que atuou por quase dez anos pelos clubes italianos Treviso, Fiorentina, Pro Vercelli, Sorrento e Chievo Verona, se diz aliviado por nenhum ex-companheiro de equipe ter contraído o coronavírus responsável pela Covid-19.

"Graças a Deus, nenhum ex-companheiro meu que joguei pegou essa doença, até porque eles estão se cuidando bastante. Eu venho acompanhando eles daqui. Estão todos dentro de casa, até porque a situação agravou bastante lá. Mantenho contato com alguns meninos italianos e eles dizem que a situação é bastante preocupante. É crítica, é triste e complicada", lamentou Marcão.

A preocupação do goleiro vai além. Para ele, o cenário no Brasil também é bastante preocupante. "Nós brasileiros, como temos visto nos jornais, aqui a epidemia está começando. Então, o quanto antes a gente puder evitar sair e ficar dentro das nossas casas, para não agravar a situação, é a melhor coisa a se fazer", recomendou.

Marcão ainda aponta como louvável a atitude do Náutico em disponibilizar a estrutura do Centro de Treinamentos Wilson Campos para o poder público, caso seja necessário o uso do equipamento para atender parte das pessoas que devem sofrer com a infecção no futuro.

"Achei uma posição bacana do clube. Até porque sabemos da situação do Brasil e queira Deus que não venha a agravar. Não estamos bastante aptos para receber tanta gente nos hospitais. A atitude que teve o Náutico, como outros clubes, é uma grande atitude e estão de parabéns. Nessa hora que se vê a união de todos os brasileiros", apontou.