Sport

SPORT

Durval revela abraço em despedida de Falcão, mas discorda da sua avaliação sobre o Sport

Zagueiro ainda disse que espera injeção de ânimo com o novo técnico e se pôs à disposição para ajudar Thiago Gomes, interino do clube após a saída de Falcão

postado em 19/04/2016 20:05 / atualizado em 20/04/2016 11:56

Caio Wallerstein /Diario de Pernambuco

Peu Ricardo/Esp. DP
"Thiago geralmente treina nosso time, então já conhece as características de cada um", elogiou o zagueiro

Saiba mais

"Se houve mudança, é por que as coisas não vinham bem". As palavras de Durval denotam a opinião de que a saída de Falcão só se deu por conta do mau rendimento do Sport. Ponto de vista oposto ao do próprio ex-comandante do Leão, que avaliara a temporada como boa um dia antes da sua demissão. O zagueiro ainda mencionou uma "troça de abraços" na despedida de Falcão. Agora, consumada a demissão, ele espera que o novo treinador consiga injetar ânimo na equipe, em má fase técnica.

Sobre o mau momento vivido pelo time, Durval disse não ter explicações. "Eu também quero saber o que falta. Nós treinamos, fazemos tudo certinho, como manda o figurino, mas quando começam os jogos, as coisas não saem da maneira que nós treinamos. Vamos ver se as coisas mudam, essa maré de maus resultados e eliminações possa virar, e a gente inicie uma sequência de bons resultados", disse.

O defensor ainda revelou uma discordância com o ex-técnico, que disse ver o Sport bem na temporada. "Ele falou que jogamos bem. Cada um tem sua opinião. Eu fiquei fora da última partida, acompanhei de cima e achei que nosso time foi muito abaixo do esperado", lamentou. Apesar da divergência, ele relatou um clima de cordialidade na despedida do técnico. "Ele agradeceu por esses meses de trabalho conosco, e nós agradecemos a ele pela competência, o caráter, a sinceridade dele. Houve uma troca de abraços."

Em fotos: Os sete pecados de Paulo Roberto Falcão no comando do Sport

  • Desde a primeira partida do ano, um aspecto do jogo rubro-negro chamou a atenção: a distância entre os setores e a desorganização do time, que em nada lembrava a equipe que terminou o Brasileiro de 2015 em 6º lugar, apresentando um bom futebol. Três meses se passaram e os resultados até apareceram, mas não conseguiram ofuscar a falta de padrão tático e a lentidão na transição ofensiva que vinha deixando os jogadores sem opções viáveis de passes agressivos (1 e 2) ou atacando sem companhia (3 e 4)
  • Assim como a transição lenta, outro fator que incomodava o torcedor era a absoluta falta de repertório ofensivo mostrado pelo time rubro-negro. Com esse enorme espaço entre defesa e ataque, a única alternativa dos jogadores na hora de sair para o jogo era a insistência em passes longos. Quase sempre, saindo direto dos pés de um dos zagueiros para algum dos atacantes - que, geralmente, recebiam a bola de costas para o gol, facilitando para a marcação adversária
  • A ausência de jogadas forçou o ex-técnico do Sport a pensar fora da caixa. Algumas experiências deram certo, como o recuo de Serginho para a zaga no intuito de dar mais liberdade aos laterais, armando uma espécie de 3-4-3 que funcionou no primeiro jogo contra o Botafogo-PB, por exemplo. Mas Falcão exagerou quando tentou excentricidades como a inversão dos laterais Renê e Samuel Xavier, que chegaram a passar cerca de 10 minutos jogando fora de posição na derrota para o Salgueiro, na Ilha do Retiro
  • Durante a passagem de Paulo Roberto Falcão no Sport, o time praticamente abdicou de tentar cobranças diretas de faltas, sobretudo na entrada da área rival. Por orientação do técnico ou não, os rubro-negros vinham abusando das jogadas ensaiadas, muitas vezes desperdiçando boas oportunidades de marcar. Nenhuma das tentativas leoninas de surpreender o adversário resultou em gol
  • Após perder quase todas as peças do setor ofensivo que se destacou no Brasileiro de 2015, restou a Falcão remontar o time. Auxiliado por Thiago Gomes, seu assistente técnico, ele foi ao mercado e contratou os jogadores que quis, conforme revelou depois o vice-presidente Arnaldo Barros. Só que por motivos diversos, a maioria deles ainda não rendeu. Nomes como Christianno (centro), Luís Gustavo (ao fundo), Serginho, Johnathan Goiano e Vinícius Araújo vêm sendo duramente criticados pela torcida, enquanto outros como Mark González e Túlio de Melo foram aprovados, mas vêm convivendo com lesões e desfalcando o time
  • Se as atuações rubro-negras não vinham agradando ao torcedor, as palavras do técnico nas entrevistas coletivas após as partidas não ajudavam a acalmar os ânimos. Raras foram as vezes em que Falcão reconheceu uma má exibição de seu time - e não foram poucas. Em várias ocasiões, ele ressaltou o número de chances criadas em campo pelo Leão, ignorando que essas circunstâncias de gol fossem muitas vezes frutos de individualidades ou de lances fortuitos. Essa aparente desconexão com a realidade ajudou a queimar sua imagem
  • Também havia desgaste de Falcão com setores da crônica esportiva pernambucana. Desde sua chegada, os frequentes treinos fechados foram alvo de críticas por parte de alguns setoristas. A relação azedou de vez após a derrota do dia 27 de março para o Salgueiro, quando ele chamou de 'imbecis' a todos os repórteres que o questionaram sobre a inversão dos laterais rubro-negros
  • Reprodução/Esporte Interativo
    Desde a primeira partida do ano, um aspecto do jogo rubro-negro chamou a atenção: a distância entre os setores e a desorganização do time, que em nada lembrava a equipe que terminou o Brasileiro de 2015 em 6º lugar, apresentando um bom futebol. Três meses se passaram e os resultados até apareceram, mas não conseguiram ofuscar a falta de padrão tático e a lentidão na transição ofensiva que vinha deixando os jogadores sem opções viáveis de passes agressivos (1 e 2) ou atacando sem companhia (3 e 4)
  • Paulo Paiva/DP
    Assim como a transição lenta, outro fator que incomodava o torcedor era a absoluta falta de repertório ofensivo mostrado pelo time rubro-negro. Com esse enorme espaço entre defesa e ataque, a única alternativa dos jogadores na hora de sair para o jogo era a insistência em passes longos. Quase sempre, saindo direto dos pés de um dos zagueiros para algum dos atacantes - que, geralmente, recebiam a bola de costas para o gol, facilitando para a marcação adversária
  • Peu Ricardo/Esp.DP
    A ausência de jogadas forçou o ex-técnico do Sport a pensar fora da caixa. Algumas experiências deram certo, como o recuo de Serginho para a zaga no intuito de dar mais liberdade aos laterais, armando uma espécie de 3-4-3 que funcionou no primeiro jogo contra o Botafogo-PB, por exemplo. Mas Falcão exagerou quando tentou excentricidades como a inversão dos laterais Renê e Samuel Xavier, que chegaram a passar cerca de 10 minutos jogando fora de posição na derrota para o Salgueiro, na Ilha do Retiro
  • Joao Velozo/ Esp. DP
    Durante a passagem de Paulo Roberto Falcão no Sport, o time praticamente abdicou de tentar cobranças diretas de faltas, sobretudo na entrada da área rival. Por orientação do técnico ou não, os rubro-negros vinham abusando das jogadas ensaiadas, muitas vezes desperdiçando boas oportunidades de marcar. Nenhuma das tentativas leoninas de surpreender o adversário resultou em gol
  • Nando Chiappetta/DP
    Após perder quase todas as peças do setor ofensivo que se destacou no Brasileiro de 2015, restou a Falcão remontar o time. Auxiliado por Thiago Gomes, seu assistente técnico, ele foi ao mercado e contratou os jogadores que quis, conforme revelou depois o vice-presidente Arnaldo Barros. Só que por motivos diversos, a maioria deles ainda não rendeu. Nomes como Christianno (centro), Luís Gustavo (ao fundo), Serginho, Johnathan Goiano e Vinícius Araújo vêm sendo duramente criticados pela torcida, enquanto outros como Mark González e Túlio de Melo foram aprovados, mas vêm convivendo com lesões e desfalcando o time
  • Ricardo Fernandes/DP
    Se as atuações rubro-negras não vinham agradando ao torcedor, as palavras do técnico nas entrevistas coletivas após as partidas não ajudavam a acalmar os ânimos. Raras foram as vezes em que Falcão reconheceu uma má exibição de seu time - e não foram poucas. Em várias ocasiões, ele ressaltou o número de chances criadas em campo pelo Leão, ignorando que essas circunstâncias de gol fossem muitas vezes frutos de individualidades ou de lances fortuitos. Essa aparente desconexão com a realidade ajudou a queimar sua imagem
  • Ricardo Fernandes/DP
    Também havia desgaste de Falcão com setores da crônica esportiva pernambucana. Desde sua chegada, os frequentes treinos fechados foram alvo de críticas por parte de alguns setoristas. A relação azedou de vez após a derrota do dia 27 de março para o Salgueiro, quando ele chamou de 'imbecis' a todos os repórteres que o questionaram sobre a inversão dos laterais rubro-negros
Não existe uma descrição para essa imagem ou galleria
{'id_site': 18, 'imagem_destaque': 'ns18/app/foto_12711703576/2016/04/19/1556/20160418224244704059e.jpg', 'id_content': 3270330L, 'url': 'https://www.pe.superesportes.com.br/app/fotos/futebol/sport/2016/04/19/galeria_sport,1556/em-fotos-os-sete-pecados-de-paulo-roberto-falcao-no-comando-do-sport.shtml', 'titulo_destaque': 'Em fotos: Os sete pecados de Paulo Roberto Falc\xe3o no comando do Sport', 'id_pk': 1556L, 'id_conteudo': 3270330L, 'id_aplicativo': 7, 'meta_type': 'foto', 'titulo': 'Em fotos: Os sete pecados de Paulo Roberto Falc\xe3o no comando do Sport', 'id_treeapp': 56, 'descricao_destaque': 'Todos os aspectos que, somados, ocasionaram a demiss\xe3o do t\xe9cnico rubro-negro ap\xf3s a elimina\xe7\xe3o do clube na Copa do Nordeste', 'schema': 'foto_12711703576'}
Ainda sem enxergar um bom futebol no Sport, ele espera que o novo treinador consiga dar um gás à equipe, abalada principalmente pela eliminação na Copa do Nordeste, contra o Campinense. "Se estivéssemos bem, ganhando os jogos e nos classificando, todo mundo estaria rindo e o treinador teria ficado. Teve essa mudança, e acho que dará uma chacoalhada no  time, uma injeção de ânimo para começarmos a vencer. Se não vencermos (o Salgueiro), o bicho começa a pegar", concluiu.

Interino
O auxiliar técnico de Falcão, Thiago Gomes, permaneceu no clube e comanda o time interinamente. Segundo Durval, seu conhecimento ajuda bastante na montagem da equipe. "Thiago geralmente treina nosso time, então já conhece as características de cada um. Ele vai procurar tirar o máximo de cada jogador. Ele assuimiu provisoriamente, então vamos ajudar ele no que for preciso nessa carreira de treinador, e que ele nos ajude também."