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Sport e Bahia começam, na Ilha, decisão para saber qual o maior clube do Nordeste

Donos das maiores torcidas e únicos clubes da região com títulos nacionais, rivais fazem jogo de ida da final da Copa do Nordeste

postado em 17/05/2017 08:10 / atualizado em 17/05/2017 08:40

Paulo Paiva/DP // Felipe Oliver/Bahia/divulgação
Em 85 anos de história do clássico entre Sport e Bahia, a vantagem nos confrontos gerais é baiana
Donos das maiores torcidas e únicos clubes da região com títulos nacionais da primeira divisão do futebol brasileiro, não há muita dúvida em apontar Sport e Bahia como os maiores clubes do Nordeste. A disputa entre eles, portanto, é para saber quem é o número um. A final da Copa do Nordeste pode ser mais um tira-teima entre rubro-negros e tricolores. Com o primeiro capítulo sendo escrito nesta quarta-feira, às 21h45, na Ilha do Retiro. 

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Em 85 anos de história do clássico, a vantagem nos confrontos gerais é baiana, com 35 vitórias contra 21 do Leão. Superioridade também em disputas de mata-matas, com o Tricolor de Aço eliminando o rival seis vezes. Entre elas, na única oportunidade em que as duas potências nordestinas decidiram um título. No caso o Nordestão de 2001, com final em jogo único, na Fonte Nova. 

Pelo lado pernambucano, foram apenas duas classificações. Incluindo a última vez em que os clubes se encontraram em jogos eliminatórios, na Copa Sul-Americana de 2015. O Rubro-negro também tem outra carta na mesa para jogar na disputa contra o Bahia. No caso, justamente a quantidade de títulos da Copa do Nordeste. Enquanto o Sport (campeão em 1994, 2000 e 2014), busca a sua quarta conquista, que o igualaria ao Vitória como o maior campeão regional, o Bahia tenta a sua terceira taça. Foi campeão também em 2002.

Para a primeira partida da decisão, também há semelhanças e diferenças entre os rivais. A principal diferença diz respeito ao momento dos dois times. Enquanto o Bahia, dono da melhor campanha do Nordestão, chega à decisão embalado por uma goleada por 6 a 2 sobre o Atlético-PR, em Salvador, pela rodada inaugural do Campeonato Brasileiro, competição que está de volta após dois anos. A estreia do Sport foi no sentido inverso. Goleado pela Ponte Preta, em Campinas, por 4 a 0, resultado que colocou uma dose de pressão extra em cima do técnico Ney Franco. Com apenas uma vitória nas últimas oito partidas, o treinador corre risco de demissão em caso de insucesso no jogo de ida.

Fotos: Os encontros entre Bahia e Sport em mata-mata

  • O primeiro encontro entre Sport e Bahia em mata-mata foi na Taça Brasil de 1959, nas quartas de final. O primeiro jogo acabou em 3 a 2 para o time tricolor. O segundo, na Ilha do Retiro (foto), marcou a maior goleada entre as equipes: um 6 a 0 aplicado pelos leoninos. Mas o gol não era critério de desempate e houve uma terceira partida novamente no Recife. Dessa vez, o rival bateu o Rubro-negro por 2 a 0 e avançou até se tornar campeão da competição.
  • Em 1963, os times voltaram a se encontrar nas quartas de final da Taça Brasil. Novamente, os baianos levaram a melhor. No primeiro jogo, empate em 2 a 2 na Ilha do Retiro. No segundo, o Tricolor de Aço venceu por 1 a 0, em casa, e levou a melhor na decisão fase Norte/Nordeste da competição.
  • Em 1988, os times voltaram a se encontrar em uma quartas de final. Dessa vez, pelo Campeonato Brasileiro. O Sport, de novo, levou a pior. No primeiro duelo, empate em 1 a 1 na Ilha do Retiro (foto). No segundo, a partida ficou no 0 a 0 até na prorrogação. Como marcou um gol fora, o Tricolor de Aço acabou avançando.
  • Em 1994, os rivais se esbarraram na semifinal da Copa do Nordeste. Em jogo único, disputado no estádio Rei Pelé, Sport e Bahia ficaram no empate em 1 a 1 no tempo normal. Já nos pênaltis, os rubro-negros levaram a melhor. Venceram por 4 a 3 e, na sequência, conquistaram o primeiro título da competição.
  • O Nordestão voltou a reunir novamente os times em um mata-mata. Seguindo o critério da Copa do Brasil, o Bahia acabou levando a melhor. Em casa, empatou em 0 a 0. Na Ilha (foto), ficou no 1 a 1 e avançou.
  • Em 2001, os times se encontraram pela primeira vez em uma final. Na decisão da Copa do Nordeste, em jogo único, o Bahia foi melhor e levou o título ao vencer o Sport por 3 a 1 diante de 69 mil pessoas, na antiga Fonte Nova.
  • Em 2015, Sport e Bahia se enfrentaram na semifinal do Nordestão. No primeiro jogo, um empate em 0 a 0. Na Fonte Nova, no jogo de volta, o volante Souza (foto) foi destaque ao fazer os três gols da vitória de 3 a 2 sobre o Leão da Ilha.
  • Jogando com um uniforme especial em referência ao seu histórico apelido, o 'Tricolor de Aço' não teve dificuldades para dominar e vencer o Sport mesmo atuando com uma equipe mista. O Rubro-negro fez possivelmente sua pior partida em 2015, e pouco conseguiu fazer para quebrar a supremacia baiana sobre as ações do jogo. A pressão do Bahia foi tanta no primeiro tempo que forçou um erro de Samuel Xavier no campo defensivo. A bola sobrou para Maxi Biancucchi, que driblou Magrão e completou para o fundo do gol. O confronto marcou uma data histórica para o goleiro leonino: ele completou 571 jogos com a camisa do Leão e se tornou o jogador que mais vezes representou o clube em partidas oficiais.
  • Ainda neste mesmo ano (2015), Sport e Bahia voltaram a se encontrar em um confronto de mata-mata. Desta vez, pela Copa Sul-Americana. Pelo torneio internacional, no entanto, a melhor ficou com o Rubro-negro. No jogo de ida, na Fonte Nova, o Sport perdeu para o Tricolor por 1 a 0, com gol de Maxi Biancucchi. Mas não se deixou abater. Recebeu o adversário na Ilha do Retiro para firmar a classificação com uma goleada por 4 a 1, com gols de Rithely, Élber (foto) e dois de Brocador, que balançou as redes pela última vez no jogo aos 50 minutos do segundo tempo, colocando os números finais.
  • Arquivo/DP/D.A Press
    O primeiro encontro entre Sport e Bahia em mata-mata foi na Taça Brasil de 1959, nas quartas de final. O primeiro jogo acabou em 3 a 2 para o time tricolor. O segundo, na Ilha do Retiro (foto), marcou a maior goleada entre as equipes: um 6 a 0 aplicado pelos leoninos. Mas o gol não era critério de desempate e houve uma terceira partida novamente no Recife. Dessa vez, o rival bateu o Rubro-negro por 2 a 0 e avançou até se tornar campeão da competição.
  • Arquivo/DP/D.A Press
    Em 1963, os times voltaram a se encontrar nas quartas de final da Taça Brasil. Novamente, os baianos levaram a melhor. No primeiro jogo, empate em 2 a 2 na Ilha do Retiro. No segundo, o Tricolor de Aço venceu por 1 a 0, em casa, e levou a melhor na decisão fase Norte/Nordeste da competição.
  • Arquivo/DP/D.A Press
    Em 1988, os times voltaram a se encontrar em uma quartas de final. Dessa vez, pelo Campeonato Brasileiro. O Sport, de novo, levou a pior. No primeiro duelo, empate em 1 a 1 na Ilha do Retiro (foto). No segundo, a partida ficou no 0 a 0 até na prorrogação. Como marcou um gol fora, o Tricolor de Aço acabou avançando.
  • Heitor Cunha/DP/D.A Press
    Em 1994, os rivais se esbarraram na semifinal da Copa do Nordeste. Em jogo único, disputado no estádio Rei Pelé, Sport e Bahia ficaram no empate em 1 a 1 no tempo normal. Já nos pênaltis, os rubro-negros levaram a melhor. Venceram por 4 a 3 e, na sequência, conquistaram o primeiro título da competição.
  • Clemilson Campos/DP/D.A Press
    O Nordestão voltou a reunir novamente os times em um mata-mata. Seguindo o critério da Copa do Brasil, o Bahia acabou levando a melhor. Em casa, empatou em 0 a 0. Na Ilha (foto), ficou no 1 a 1 e avançou.
  • Heitor Cunha/DP/D.A Press
    Em 2001, os times se encontraram pela primeira vez em uma final. Na decisão da Copa do Nordeste, em jogo único, o Bahia foi melhor e levou o título ao vencer o Sport por 3 a 1 diante de 69 mil pessoas, na antiga Fonte Nova.
  • MARLON COSTA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
    Em 2015, Sport e Bahia se enfrentaram na semifinal do Nordestão. No primeiro jogo, um empate em 0 a 0. Na Fonte Nova, no jogo de volta, o volante Souza (foto) foi destaque ao fazer os três gols da vitória de 3 a 2 sobre o Leão da Ilha.
  • ROMILDO DE JESUS/FUTURA PRESS
    Jogando com um uniforme especial em referência ao seu histórico apelido, o 'Tricolor de Aço' não teve dificuldades para dominar e vencer o Sport mesmo atuando com uma equipe mista. O Rubro-negro fez possivelmente sua pior partida em 2015, e pouco conseguiu fazer para quebrar a supremacia baiana sobre as ações do jogo. A pressão do Bahia foi tanta no primeiro tempo que forçou um erro de Samuel Xavier no campo defensivo. A bola sobrou para Maxi Biancucchi, que driblou Magrão e completou para o fundo do gol. O confronto marcou uma data histórica para o goleiro leonino: ele completou 571 jogos com a camisa do Leão e se tornou o jogador que mais vezes representou o clube em partidas oficiais.
  • Ricardo Fernandes/DP/D.A Press
    Ainda neste mesmo ano (2015), Sport e Bahia voltaram a se encontrar em um confronto de mata-mata. Desta vez, pela Copa Sul-Americana. Pelo torneio internacional, no entanto, a melhor ficou com o Rubro-negro. No jogo de ida, na Fonte Nova, o Sport perdeu para o Tricolor por 1 a 0, com gol de Maxi Biancucchi. Mas não se deixou abater. Recebeu o adversário na Ilha do Retiro para firmar a classificação com uma goleada por 4 a 1, com gols de Rithely, Élber (foto) e dois de Brocador, que balançou as redes pela última vez no jogo aos 50 minutos do segundo tempo, colocando os números finais.
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Já a quantidade de desfalques é o que une os dois finalistas. Pelo lado do Bahia, sete desfalques estão confirmados. Entre eles, peças importantes como o zagueiro Jackson, o volante Édson, o lateral esquerdo Armero, o atacante Hernane e o meia Régis (ex-Sport), artilheiro da Copa do Nordeste, com seis gols. 

Por sua vez, o time pernambucano que segue sem ter o zagueiro Ronaldo Alves, lesionado, e o volante Rithely, suspenso, também não deverá contar com o lateral-esquerdo Mena, com problemas físicos. O que obrigará Ney Franco a improvisar o lateral-direito Raul Prata no setor. Por outro lado, o meia Diego Souza, principal jogador da equipe, tem retorno garantido, após três jogos ausentes devido a um incômodo muscular.

Ficha do jogo

Sport
Magrão; Samuel Xavier, Matheus Ferraz, Durval e Raul Prata; Fabrício, Ronaldo e Diego Souza; Everton Felipe, André e Rogério. Técnico: Ney Franco.

Bahia
Jean; Eduardo, Tiago, Lucas Fonseca e Matheus Reis; Renê Júnior, Juninho e Zé Rafael; Allione, Diego Rosa e Edigar Junio. Técnico: Guto Ferreira.

Local: Ilha do Retiro. Horário: 21h45. Árbitro: Antonio Dib Moraes (PI). Assistentes: Flávio Gomes Barroca (RN) e Pedro Jorge Santos (AL). Ingressos: todos vendidos