Algo, contudo, que se depender do técnico Daniel Paulista, não ocorrerá. Em entrevista ao Diario de Pernambuco, o treinador rubro-negro mostrou-se ‘totalmente contra’ esta ideia, defendendo uma preparação para os atletas após um período inédito de inatividade, além, claro, de uma maior segurança nos protocolos de saúde.
“Pensar no retorno aos jogos diante desse cenário do dia 28 (de junho) ou dia 5 (de julho) o meu posicionamento é totalmente contra. Primeiramente porque é uma exposição que iremos estar tendo, não só profissionais, mas funcionários, jogadores, comissão técnica, imprensa. Então, assim é uma precipitação”, iniciou.
“Estamos vivendo uma situação totalmente atípica, são três meses e não 20 dias de férias. Vamos precisar de uma preparação, um período mínimo aceitável e esse período não é de 12 a 15 dias. Então eu particularmente sou totalmente contra essa medida. Vai aumentar índice de lesão, dificilmente teremos rendimento”, seguiu.
Com o retorno na próxima segunda-feira, serão completados exatos 90 dias de paralisação. Assim, a primeira semana de atividade será voltada à parte física, com os jogadores sendo divididos em pequenos grupos. Além disso, há a questão do distanciamento entre os jogadores - algo lembrado por Daniel Paulista.
Como vamos voltar a jogar? Porque o futebol é coletivo. Quem levantou a possibilidade esqueceu isso. E dentro do protocolo ainda precisamos estar em pequenos grupos, vai contra tudo o que precisa ser feito com as pessoas envolvidas. E nesse momento temos que respeitar as pessoas. Sou totalmente contra essa data”, finalizou.
A liberação para os jogos depende do avanço das etapas da retomada gradual das atividades estipulado pelo governo no início de junho. Em Pernambuco, apesar da volta dos treinamentos, os números da Covid-19 seguem altos. De acordo com o último boletim, divulgado segunda-feira, são 463 novos casos e 45 mortes. No total, são 40.705 ocorrências e 3.350 óbitos.