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Lista olímpica está afunilando, revela técnico da Seleção sub-23: 'Tem que pensar no conjunto'

Rogerio Micale admite priorizar uma base da equipe a reta final de preparação

postado em 11/11/2015 11:00 / atualizado em 11/11/2015 10:44

Caio Wallerstein /Diario de Pernambuco

Ricardo Fernandes/DP/D.A Press
Faltam cerca de nove meses para os Jogos Olímpicos no Brasil. Por conta da grande expectativa em torno de um título inédito para o Brasil, a comissão técnica já começa a pensar em um time base para a competição. Não só para acostumar os jogadores à pressão de jogar com a amarelinha, mas também para dar ao técnico Rogério Micale (e, posteriormente, Dunga) a chance de dar um padrão de jogo definido ao time. Micale confirmou a estratégia. Apesar de garantir que vai dar chance a quem tiver merecimento, ele reconhece que a lista de convocação para os jogos de 2016 está afunilando.

“Acredito que a gente tem oportunizado o máximo possível de atletas que estão despontando. Mas chega um momento que, como tem a proximidade da competição, tem que pensar em outros fatores. Além de dar oportunidade, tem que ver o conjunto. Dominar conceitos. Para isso, tem que ter um grupo junto o máximo de tempo possível”, disse Micale. Bastante consciente nas palavras, ele disse que não vai deixar de convocar jogadores que estejam se destacando. Reforçou, porém, a importância de uma constância nas convocações.

“A tendência natural é trazer uma base. Existe abertura, sim, porque a cada seis meses, ainda mais nessa idade, tem um expoente, um jogador que tá indo bem. É como dizem: futebol é momento, e realmente é assim que funciona. Não se pode deixar de dar oportunidade a quem está vivendo um ótimo momento, mas estamos avançando em etapas. Poucas mudanças nos permitem aplicar um conceito , firmando os passos dentro daquilo que queremos na forma de jogar. Não só agora como na sequência do ano que vem, para culminar nas Olimpíadas com um conceito sólido do que a Seleção pode jogar”, complementou.

Trabalho com Dunga
Micale também comentou o trabalho feito em parceria com Dunga, técnico da Seleção principal e que comandará a equipe Olímpica em 2016. Apesar de afirmar que tem autonomia nas atividades com o time, ele confessa que já prepara o time pensando no treinador: “Hoje tenho toda liberdade. O Dunga me proporciona isso. Dá liberdade para trabalhar da forma que acredito. Mas é lógico que, como sempre fui formador, trabalhei com base, preparei jogadores, a gente também sabe ver a preferência do treinador que está na equipe de cima, e tenta moldar o atleta para que não tenha tanta dificuldade na hora que ele estiver na mão do treinador principal.”