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Náutico consegue ponto importante na Fonte Nova e se mantém perto do G4 da Série B

Timbu teve chances de matar o jogo, mas sofreu gol de fora da área e ficou no 1 a 1

postado em 11/08/2015 21:02 / atualizado em 11/08/2015 21:11

Rafael Brasileiro /Diario de Pernambuco

ROMILDO DE JESUS/FUTURA PRESS
O Náutico visitou o Bahia com desfalques importantes. Parecia que seria presa fácil para os donos da casa. Em campo, foi outra equipe. Bem diferente do time apático que foi derrotado pelo CRB. Da forma de jogar até a atitude. O time foi guerreiro e poderia até ter vencido. Esbarrou nas chances desperdiçadas. Porém, o empate em 1 a 1 contra o Bahia, dentro da Fonte Nova, foi um resultado que agradou por vários fatores. Manteve o time próximo do G4, não deixou um adversário direto somar pontos e atendeu ao que Lisca esperava para esta partida. 

As propostas de jogo de ambos os times foram apresentadas desde o minuto inicial. O Náutico entrou em campo para se defender e conquistar ao menos um ponto. A formação com três zagueiros já apontava isso. O Bahia, dono da casa, tinha a obrigação de ir para cima dos visitantes e se manter no topo da tabela ao lado do rival Vitória.
 
Com dez minutos de jogo, os dois times ainda não tinham acertado o gol, mas o Tricolor de Aço tinha maior posse de bola e dominava as ações ofensivas. Contudo, um ponto tem que ser analisado com a frieza dos números e acompanhada da realidade da partida. Apesar de rondar a área Timbu, os baianos não conseguiam ameaçar Rodolpho e o Timbu tentava responder através dos contra-ataques. O único problema é que o time esbarrava nos erros de passes e lançamentos. Mas isso mudou no fim da primeira etapa.

Aos 43 minutos, em um contra-ataque puxado por João Ananias, a bola passou de pé em pé rapidamente até na intermediária adversária quando Douglas encontrou Gaston no corredor esquerdo. O lateral cruzou rasteiro para o meio da área e Patrick Vieira, que mais uma vez atuou como centroavante, abriu o placar e calou a Fonte Nova, que viu o primeiro tempo terminar com a vantagem alvirrubra.

Reprodução/Facebook Arena Fonte Nova
Segundo tempo
Na segunda etapa, Sérgio Soares decidiu fazer duas mudanças já no intervalo. As entradas de Wilson Pittoni e João Paulo mostravam que o segundo tempo prometia fortes emoções, mas o torcedor que esteve na Fonte Nova só não esperava que o início da segunda etapa começaria com o Náutico sendo mais perigoso. Em três lances seguidos o Timbu quase ampliou a partida antes dos 10 minutos do segundo tempo. 

Primeiro foi Patrick Vieira, que chutou com perigo e fez Douglas Pires colocar a bola para escanteio. Na cobrança, Pires trabalhou de novo e teve que torcer para a bola não entrar. Após defender grande cabeçada do defensor, Eller poderia ter ampliado o placar, mas chutou de forma inacreditável na trave. Segundo depois, no seguimento do lance anterior, o Timbu teve falta para cobrar na entrada da área e William Magrão colocou no travessão.

A máxima de quem não faz, leva apareceu na Fonte Nova após tantas chances desperdiçadas pelo Timbu. Em lance despretensioso aos 12 minutos, após cobrança de escanteio, Vitor acertou grande chute no ângulo de Rodolpho. O gol foi um balde de água fria no ímpeto do Timbu e acendeu a torcida tricolor na Fonte Nova. Porém, o sistema defensivo com três zagueiros se mostrou eficiente. 

O gol provou ter sido um acidente e por duas vezes o Timbu chegou com perigo nos contra-ataques. Em uma das oportunidades, Hiltinho chutou fraco e Pires quase deixa ela escapar. Talvez por essa finalização e pela fraca atuação, Lisca decidiu mudar e substituiu o meia por Bruno Alves. A mudança quase que dá certo no primeiro toque de Bruno, que recebeu passe na entrada da área, mas se enrolou na hora de finalizar. 

Os últimos dez minutos finais seguiram o roteiro esperado pelo Náutico. A defesa não permitiu que Rodolpho fosse ameaçado, alguns contra-ataques apareceram e o resultado seguiu o mesmo. Um ponto bastante comemorado, mas que ficou com um sabor de que poderiam ter sido três pontos. Não pelo desempenho em campo, mas pelas chances desperdiçadas. 

Ficha da partida
 
Bahia 1
Douglas Pires; Cicinho, Robson, Jailton e Vitor; Yuri (Wilson Pittoni, no intervalo), Souza, Tiago Real e Eduardo (João Paulo, no intervalo); Kieza (Zé Roberto, aos 28’ do 2ºT) e Alexandro. Técnico: Sérgio Soares.
 
Náutico 1
Rodolpho; Rafael Pereira (Flávcio, aos 40’ do 2ºT), Ronaldo Alves e Fabiano Eller; Lucas Farias João Ananias, William Magrão, Patrick Vieira e Gaston; Douglas (Renato, aos 37’ do 2ºT) e Hiltinho (Bruno Alves, aos 25’ do 2ºT). Técnico: Lisca.
 
Estádio: Arena Fonte Nova, em Salvador
Árbitro: Vinicius Furlan (SP)
Assistentes: Anderson José de Moraes Coelho (SP) e Pedro Jorge Santos de Araújo (AL)
Gols: Patrick Vieira (aos 43’ do 2ºT) (NAU); Vitor (aos 12’ do 2ºT) (BAH)
Cartões amarelos: Gaston e Douglas (NAU)
Público: 23.607
Renda: R$ 626.347,50