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Com cotas e pagamento de Erick, Náutico faturou cerca de R$ 2,6 milhões em janeiro

Valor é suficiente para pagar 13 meses da atual folha do elenco profissional do futebol, que gira em torno de R$ 200 mil

postado em 01/02/2018 17:35 / atualizado em 01/02/2018 18:55

Léo Lemos/Náutico
Em meio ao aperto financeiro em que o Náutico está imerso, com o rebaixamento à Série C e a perda de valores importantes como o patrocínio da Caixa Econômica Federal e as cotas de televisionamento da Série B, o mês de janeiro representou um alívio aos cofres alvirrubros. Somando as premiações obtidas na Copa do Nordeste e Copa do Brasil, além do pagamento feito pelo Braga, de Portugal, de parte da compra dos direitos econômicos do atacante Erick, o Timbu faturou algo em torno de R$ 2,6 milhões no primeiro mês do ano. Em uma matemática básica, o suficiente para quitar 13 meses da atual folha do futebol profissional do clube, que gira em torno de R$ 200 mil.

O primeiro dinheiro extra a entrar nas contas do Náutico veio logo no início da temporada. Ao passar do Itabaiana-SE e se classificar para a fase de grupos da Copa do Nordeste, os alvirrubros embolsaram uma cota de R$ 500 mil (antes já haviam recebido R$ 250 mil) . Já na Copa do Brasil, pela participação na primeira fase, o clube pernambucano já havia faturado o mesmo valor. Que acabou turbinado com mais R$ 600 mil com o empate por 1 a 1 com o Cordino. Na segunda fase, caso supere o Fluminense de Feira, a cota será de R$ 1,4 milhão.

Para completar, cinco meses após negociar o atacante Erick, o Náutico recebeu, enfim, parte do dinheiro que tem direito. De acordo com a diretoria do Braga, no início de janeiro, 50% do valor da primeira parcela da compra do jogador foi depositada para a conta do Timbu. O que, de acordo com os valores apurados pelo Superesportes, representa uma quantia de R$ 1,05 milhões. Ainda segundo os dirigentes portugueses, o mesmo valor, referente aos demais 50% da primeira parcela, deve ser transferido nos próximo dias. 

A cúpula alvirrubra, por sua vez, prefere não se pronunciar sobre o assunto. "Esse é um assunto jurídico do clube. É um assunto que não é de se tratar abertamente. Inclusive porque os problemas que nós tivemos de bloqueio foram devido ao fato de se falar abertamente de valores de transações. É um assunto complexo e por isso o departamento jurídico pediu que apenas ele se posicionasse", afirmou o vice-presidente Diógenes Braga, que não deixou de comemorar mais uma classificação.

"Se nós tivessemos perdido essa classificação (na Copa do Brasil) seria uma frustração muito grande para um projeto que está apenas no começo. A importância dessa classificação foi muito grande, não só na questão financeira, mas para abrir o calendário e diminuir a pressão que estamos sofrendo. Tínhamos dois objetivos, que era a classificação na Copa do Nordeste e na Copa do Brasil e conseguimos", finalizou Diógenes.

As receitas do Náutico em janeiro

Copa do Nordeste
R$ 500 mil (vaga na fase de grupos)

Copa do Brasil
R$ 500 mil (participação na primeira fase)
R$ 600 mil (classificação para a segunda fase)

Erick
R$ 1,05 milhão (referente ao pagamento, por parte do Braga, de 50% da primeira parcela da venda do atacante)