“Hoje, em parceria com o Coletivo Cara Preta, que trabalha com a juventude e levanta a bandeira antirracista, nós reunimos toda a categoria de base para uma oficina para tratar da questão do racismo no âmbito da sociedade brasileira num tom didático. Depois, levar a questão para o meio do futebol e o porquê do Náutico está enfrentando esse problema. O Náutico enquanto clube social tem a função de formar cidadãos e nosso entendimento isso passa pelo combate ao racismo”, disse o vice-presidente de marketing Luiz Filipe Figueirêdo.
Luiz Filipe ainda comentou sobre a importância de levar o trabalho realizado nas redes sociais ao cotidiano do clube. “A mensagem que a gente quer passar na série de ações do Vida Negras Importam é levá-las ao cotidiano do clube. Não adianta nós lançarmos a camisa sem fazer um trabalho dentro do clube. O Náutico vestido de preto tem um simbolismo muito grande, mas é necessário apresentar uma série de ações no dia a dia”.
Das ações promovidas pelo Náutico, a que mais chamou atenção foi o lançamento do uniforme preto. Nele, o Timbu escolheu a figura de Nilson, ídolo alvirrubro que, quando atuou pelo Santa Cruz, ouviu insultos racistas que partiram das arquibancadas onde estava a torcida rival, para simbolizar a campanha publicitária. A camisa, toda preta e com a máxima ‘Vidas Negras Importam’ estampada, foi utilizada somente no primeiro tempo do empate entre Náutico e Chapecoense, nos Aflitos, mas repercutiu nacionalmente e o post do lançamento do uniforme, até hoje, está fixado no perfil do clube no Twitter.
Recentemente, apesar do esforço do Departamento de Marketing, o Conselho Deliberativo do Náutico se envolveu em uma polêmica envolvendo a utilização do quarto uniforme. O mal estar foi gerado depois que o órgão fez uma publicação no site oficial, onde explicava o motivo do Náutico ser representado somente pelas cores vermelha e branca. A torcida desaprovou e o post original foi apagado após a repercussão.