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Campeão do Centenário

Os guardiões da sede do América: pai e filho têm vida ligada ao clube alviverde

Teófilo e Sandro cuidam da sede do clube e respiram o Mequinha todos os dias

Brenno Costa - Diario de Pernambuco

Publicação:

12/04/2014 08:00

 

Atualização:

11/04/2014 22:57

Sandro Sérgio herda paixão do pai (Alcione Ferreira/DP/D.A Press )
Sandro Sérgio herda paixão do pai
Aos 90 anos, seu Teófilo ainda dá passos firmes. Tem a memória boa. Tem saúde. Tem amor pelo América. Debaixo de um forte sol, ele caminha pela sede do clube. Sobe dois degraus. Dirige-se até a grade. Abre. Entra. Diz: “cheguei na minha casa santa.” Tem sido assim há anos. Aliás, há vários anos. Segundo ele, uns “cinquenta e poucos”. É uma vida em verde e branco.

A intimidade com a história do clube é tão grande que ele crava sem pestanejar. É a maior autoridade do América. É muita intimidade. A relação com o clube começou cedo. Seu Teófilo foi convidado para cuidar do bar nas agitadas festas no casarão da estrada do Arraial, no bairro de Casa Amarela, Zona Norte do Recife. “As festas daqui eram coisa de cinema”, diz.

Nesse tempo, também começou a levar o filho Sandro Sérgio. Os dois cuidavam do bar. Hoje, aos 44 anos, ele herda as funções de seu Teófilo. É América de pai para filho. “O América é família. É vida. Tudo que eu e meu pai construímos se deve ao América. O América é o nosso oxigênio”, afirma Sandro, que também é o mascote do clube, corta a grama e pinta a sede... faz tudo. É o novo guardião da sede alviverde.

Mas, por pouco, os dois não deixaram de respirar. Em 1995, quando o América parou as atividades, a situação chegou ao limite. “Nós ficamos só tomando de conta da sede e nos mudamos para morar nela para proteger o clube de vândalos, prostituição e arrombamentos”, recorda Sandro.

Outro caso foi ainda mais marcante para a família. Seu Teófilo entrou em desavença com um ex-presidente do clube e decidiu colocar o América na justiça para receber tudo o que tinha de direito. “Ainda hoje eu me lembro. Foram R$ 153 mil. Era muito dinheiro. No outro dia, vieram várias pessoas do clube pedindo para tirar a ação. Me perguntaram se eu queria ver o América acabar. Eu voltei atrás. Já me perguntaram se eu não tinha pena da minha família, mas eu gosto muito do América.”

Seu Teófilo vai à sede do América todo dia e se considera a
Seu Teófilo vai à sede do América todo dia e se considera a "maior autoridade do clube"

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Autor:

José Salvador Albuquerque


Seu Teófilo é todo simpatia.

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