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Centenário coral

Os feitos históricos do Santa Cruz

Faça uma viagem pelos momentos marcantes da história do clube tricolor

João de Andrade Neto - Esportes

Publicação:

03/02/2014 00:01

 

Atualização:

03/02/2014 00:47

Troféu conquistado pelo Santa Cruz após vitória sobre o Botafogo, em 1919 (Bernardo Dantas/ DP/D.A Press.)
Troféu conquistado pelo Santa Cruz após vitória sobre o Botafogo, em 1919
Muito prazer, meu nome é Santa Cruz
Com apenas quatro anos de existência, o Santa Cruz obteve a sua primeira grande façanha. No dia 30 de janeiro de 1919, o tricolor bateu o Botafogo por 3 a 2 no extinto campo da Avenida Malaquias, sendo o primeiro clube do Norte/Nordeste a vencer um rival do Sul/Sudeste. Cinco dias antes, os cariocas haviam goleado o Sport por 6 a 1. O triunfo coral teve grande repercussão, ao ponto de deixar em segundo plano a passagem de Santos Dumont, o pai da aviação, pelo Recife no mesmo dia e rendeu um dos primeiros trofeus da história do clube.

O primeiro título (e o primeiro tri)
O Santa Cruz é o único clube a disputar todas as edições do Pernambucano, que acontece desde 1915. Porém, o primeiro título veio apenas 16 anos depois. Após sete vices-campeonatos, o tricolor liderado pelo craque Tará foi quase perfeito. O curioso é que no ano anterior, os corais haviam terminado na lanterna. O troféu (foto abaixo) também abriu o caminho para o primeiro tri, com direito a campanha de 100% de aproveitamento em 1932, com 12 vitórias em 12 jogos, algo que nunca mais se repetiu (e dificilmente voltará a acontecer).
Detalhes do troféu do primeiro Campeonato Pernambucano conquistado em 1931 (Bernardo Dantas/ DP/D.A Press.)
Detalhes do troféu do primeiro Campeonato Pernambucano conquistado em 1931

A maior goleada do Clássico das Multidões
Após o tricampeonato, o Santa Cruz perdeu a chance de se tornar o primeiro tetra do Estado, ao perder o título para o Náutico em uma partida extra. No entanto, o ano de 1934 reservaria uma alegria aos corais. No dia 15 de agosto de 1934, os tricolores massacraram o Sport por 7 a 0, até

A bola da maior goleada do Santa Cruz sobre o Sport (Bernardo Dantas/ DP/D.A Press.)
A bola da maior goleada do Santa Cruz sobre o Sport
hoje a maior goleada do clássico. Lauro (três vezes), Tará (duas), Limoeiro e Estevam marcaram os gols. Após o jogo, a bola foi guardada como um troféu.

Excursão da morte
Em 1943, devido a problemas financeiros, o Santa Cruz aceitou realizar uma excursão ao norte do País, via navio, em plena 2ª Guerra Mundial. Durante quatro meses, tempo bem superior ao previsto inicialmente, os corais realizaram 28 partidas, conquistaram algumas taças e tiveram que superar muitos contratempos. Para fugir dos submarinos alemães, o navio coral, que viajava escoltado por dois da Marinha de Guerra, tinha que apagar as luzes. Durante a excursão,que ganhou o nome de “suicida”, dois jogadores da delegação, o goleiro King e o atacante Papeira, ambos emprestados pelo América, contraíram febre tifóide e morreram. Ambos foram sepultados em Belém. No retorno ao Recife, uma parada em São Luís para enfrentar o Moto Club. Desfalcado, o Santa teve que improvisar o cozinheiro do navio na equipe. Após tantos problemas, o trecho final da volta para casa foi feito de trem, que descarrilhou duas vezes no trecho entre São Luís e Teresina. Dessa vez, ninguém se feriu.

Fim de jejum com supercampeonato
O jejum já incomodava. Afinal, eram 10 anos desde o último título, em 1947. Pela primeira vez, o campeonato seria decidido em um triangular final, envolvendo os três grandes clubes do Estado. Três timaços. O Sport, então bicampeão, do jovem goleiro Manga e do artilheiro Traçaia; o Náutico, campeão em 1950, 51, 52 e 54, da segura dupla de zaga Caiçara e Lula, e o Santa com craques como o goleiro Aníbal, o zagueiro Aldemar, o volante Zequinha e os atacantes Lanzoninho, Rudimar, Faustino, Mituca e Jorginho. Linha ofensiva que todo torcedor coral mais experiente sabe de cor. No jogo decisivo, vitória sobre os rubro-negros por 3 a 2, na Ilha do Retiro. O Santa voltava a fazer a festa da massa. O campeão Sputink, como o Diario estampou em sua capa, em alusão ao satélite russo lançado ao universo meses antes.

É Penta!
Após o título de 1959, o Santa passaria mais um jejum de 10 anos sem conquistas. A quebra do novo jejum veio em 1969,  após uma vitória por 2 a 1 sobre o Sport e iniciou a série do penta, maior sequência de títulos corais. Por sinal, os rubro-negros foram as maiores vítimas dos tricolores nesse período, perdendo ainda outras duas finais. O Náutico foi derrotado em uma e em 1972, os corais levantaram a taça vencendo os dois turnos.

Brilho nacional
O Campeonato Brasileiro de 1975 foi disputado por 42 clubes. Alguns deles, recheados de craques. No Palmeiras, Ademir da Guia. No Fluminense, Rivelino. No Inter, Falcão e no Cruzeiro, Nelinho e Palhinha. E dentro dessa constelação, se encontrava o Santa Cruz, de Givanildo, Ramon, Nunes e Fumanchu. Após eliminar o Flamengo, de Zico, em pleno Maracanã, por 3 a 1, o time do povo acabou no 4º lugar após cair para o Cruzeiro por 3 a 2, no Arruda. Mas entraria para a história como a melhor campanha até então de um nordestino no Brasileiro (sem contar a Copa Brasil e o Robertão).

BiSuper e recorde de público
Com a base mantida da boa campanha do Brasileiro do ano anterior, o Santa Cruz, treinado por Evaristo de Macedo, chegaria ao seu segundo supercampeonato, após vencer Sport e Náutico por 2x0 no triangular final. No último jogo, contra os alvirrubros, uma multidão de 62.711 pessoas compareceram ao Arruda, o maior público visto em Pernambuco até então.

O agasalho utilizado na excursão que deu o Fita Azul (Bernardo Dantas/ DP/D.A Press.)
O agasalho utilizado na excursão que deu o Fita Azul
Fita Azul
A Fita Azul era uma honraria concedida pela CBF aos clubes brasileiros que iam excursionar pelo exterior e voltavam para o Brasil invictos. Ao todo, nove clubes foram agraciados. O Santa Cruz foi o último deles, em 1980, por passar 12 jogos sem perder durante uma viagem pela Ásia e Europa, entre março e abril de 1979. Curiosamente, o paletó oficial da delegação tricolor na expedição era azul. Os outros clubes Fita Azul do Brasil são: Portuguesa, Corinthians, Portuguesa Santista, Caxias, Bangu, São Paulo, Coritiba e Santos.

TriSuper
O Campeonato Pernambucano de 1983 foi um dos mais emocionantes de toda a história. Após perder o primeiro e o segundo turno, o Santa Cruz precisou vencer uma extra do terceiro turno, contra o Sport, em Caruaru, para forçar a realização de um Supercampeonato. O título veio apenas em um jogo extra contra o Náutico, em um Arruda entupido por 76.636 pessoas, quando o goleiro Luís Neto defendeu a cobrança do atacante Porto.

Início da redenção
Os piores anos da história do Santa Cruz foram entre 2006 e 2011, com campanhas pífias no Estadual (6º e 7º lugares), e quatro rebaixamentos sucessivos, chegando ao fundo do poço com a queda para a Série D, em 2008. O início da ressurreição coral veio com o título pernambucano de 2011. Liderados pelo Tiago Cardoso, os pratas da casa Everton Sena,
A taça da Série de 2013 (Bernardo Dantas/ DP/D.A Press.)
A taça da Série de 2013
Natan e Renatinho, o atacante Gilberto e o técnico Zé Teodoro o Santa derrotou o Sport na final e lembrava que nasceu para ser grande. No mesmo ano, o clube sairia da Série D.

A primeira estrela nacional
Dono de 27 títulos estaduais, faltava ao Santa uma conquista nacional. E antes de completar o seu primeiro centenário ela veio. No ano passado, após obter o retorno dramático à Série B, o Santa derrotou o Sampaio Corrêa na decisão e levantou a taça da Série C. Heroi do tricampeonato estadual e do acesso, o atacante Flávio Caça-Rato deixou sua marca na vitória por 2 a 1 e entraria de vez na galeria de xodós da torcida coral.
 (Arte: Maria Eugênia Nunes)

 

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*ATUAL PINICÃO ARRUDAL, FINANCIAMENTO-DOAÇÃO DO ESTADO, PODERÁ SER REFORMULADO COM NOVA DOAÇÃO-FINANCIAMENTO ESTADUAL-FEDERAL* O pinicão estadual atual foi PRESENTAÇO de políticos de outrora. ZÉ DAS NEVES-NETINHO e PAPI KARLITO certos de doações totais de Eduardinho Campos e Dilminha, p/ARENA GOGO.
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FIFA.com - SCR, THE BRAZILIAN CHAMPION IN 1987. This culminated in the club s first Brazilian crown in 1987 and making their Copa Libertadores bow the following year.> SCR, CAMP. BRAS. DE 1987. Isso culminou no primeiro título do clube brasileiro em 1987 e fazer sua Copa Libertadores ano seguinte.
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ÇANTA CRUI NO SEU CENTENÁRIO, COM PAUPÉRRIMA HISTÓRIA* CLUBE PEQUENO DO FUTEBOL BRASILEIRO, ASSUSTADORAMENTE DOMÉSTICO, O FITA AZUL DA SEGUNDA DIVISÃO DO FUTEBOL BRASILEIRO (13,5 anos lá) COMPLETA CEM ANOS, QUASE NADA DE SIGNIFICATIVO EM SUA SUBNUTRIDA EXISTÊNCIA. Só nos anos 70 apareceu, com
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alguma evidência, para logo depois voltar a SEUS DIAS NORMAIS DE FECUNDA OBSCURIDADE. Brilhou poucamente naquela década (com Lucianinho Veloso, Piozinho), e como uma ESTRELA CADENTE, desapareceu do cenário nacional, a 250 mil km por hora, para nunca mais retornar. São fenômenos passageiros, próprios
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de CLUBES PEQUENOS NACIONAIS. NUNCA levantou uma TAÇAÇA DE PRIMEIRAÇA. NUNCA encaçapou uma COPA DO BRASIL. Uma LIBERTADORES, nem mesmo nos fantásticos sonhos da famosa dupla ZÉ DAS NEVES-NETINHO. NUNCA guardou uma do NORDESTE. Apenas alguns PINICOS PERNAMBUCANOS (coisa unicamente de clubecos
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domésticos). CEM ANOS DE VIDA, numa MAGREZA DE GLÓRIAS ASSOMBROSAMENTE ALUCINANTE. Sem ESTÁDIO (o PINICÃO pertence ao Estado, que emprestou (irresponsavelmente) um VALOR ESTRATOSFÉRICO, até hoje não recebendo nem uma Laska). Sem CT (treina sobre os pedregulhos ardentes de um campinho da praia do
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Pina). Sem LASKAS (devendo a Biu da padaria, a D. Lia do açougue, além de, corriqueiramente, atrasar salários de seus pernetas e atormentados funcionários, faltando ARAME para a mínima conservação do pinico estaduá). Ainda não SUCUMBIU definitivamente graças ao AMIGO INCONDICIONAL DO MARIN (feche o
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bolso), o *SABE COM QUEM ESTÁ FALANDO?* (com uma ajuda de 180 mil laskas mensais). Assim é o falido ÇANTA CRUI de ontem, de hoje e de sempre: um ASSOMBROSO CLUBECO INGLÓRIO, petrificantemente no fundo do poço do canal arrudal. Mesmo assim, ZÉ DAS NEVES-NETINHO têm-no como sendo o seu maior
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e insubstituível amor. COISAS DE VELHOS CORAÇÕES APAIXONADOS! UALÁ! PELO MEGNÍFICO, INIGUALÁVEL, FENOMENAL, MAJESTOSO MEGASPORT ESPETACULAR, UM DOS MAIORES CLUBES E DE UMA DAS MAIS APAIXONADAS TORCIDAS DO PLANETA, PAIXÃO, TESÃO E GLÓRIA DE UMA NAÇÃO, O TRINACIONAL E TETRANORDESTE, TUDO!!!

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