Náutico

NÁUTICO

Diretoria do Náutico não sabe futuro dos Aflitos

Jogando na Arena Pernambuco há um ano e meio, Aflitos segue com futuro incerto

postado em 17/01/2015 12:07 / atualizado em 18/01/2015 16:22

Celso Ishigami /Diario de Pernambuco

Allan Torres/Esp. DP/D.A Press
Inserido num cenário de severa restrição orçamentária, o Náutico se viu obrigado a montar, pelo segundo ano consecutivo, um elenco tecnicamente limitado. Sem parceiros comerciais de peso, o clube depende basicamente de quatro fontes de renda: as cotas de televisionamento, o quadro de sócios, o acordo com a Arena Pernambuco e patrocinadores eventuais. Enquanto isso, a sede, encravada numa área cujo metro quadrado é um dos mais caros do Recife, continua sendo subutilizada. A cúpula do Timbu, no entanto, garante que o processo de definição do futuro do estádio dos Aflitos está em curso, mas guarda os detalhes a sete chaves.

Apesar de viver uma contundente crise política, os grupos, que normalmente divergem sobre qualquer ponto, concordam com o caráter delicado desta decisão. É consenso que uma exploração adequada daquela área é a solução ideal para a viabilização econômica do clube. Tampouco há discussão sobre a decisão de não aceitar ofertas de compra ou permuta. Os envolvidos no projeto não fornecem maiores informações, mas se sabe que a ideia é que o local seja explorado por meio de um arrendamento. Ou seja, o clube teria uma participação direta nos lucros sem abrir mão da propriedade.

Vice-presidente do Executivo, o advogado Gustavo Ventura também integra a comissão que analisa a negociação do terreno e explica a decisão de restringir as alternativas. “Temos a obrigação de manter a identidade do clube com os Aflitos”, cravou. “A ideia é continuar tendo esta identificação ao mesmo tempo que a gente possa explorar aquela área. O grande desafio é usar parte daquela área para que o clube possa ter fluxo de caixa. Equilibrar o fluxo independentemente da nossa divisão. O problema é que se fosse pra venda ou permuta, haveria 500 interessados. Sem isso, o mercado é muito reduzido. Mas é uma decisão do Náutico”, acrescentou.

Ventura, entretanto, assegura que o processo não está parado. “Já existem empresas interessadas em explorar a área dentro das nossas exigências”, resumiu, sem fornecer maiores informações. Sabe-se, porém, que o clube vem articulando os trâmites burocráticos junto ao poder público. A ideia é se inteirar das exigências em relação ao impacto do projeto - seja ele qual for -, para evitar a necessidade de adequações.