Náutico

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Na história do Clássico da Técnica e da Disciplina, Náutico defende ampla vantagem sobre rival

Timbu tem mais de 100 vitórias a mais do que o Américal e perdeu uma vez nos últimos 22 anos; jogo desta segunda-feira é o de número 216 entre os clubes

postado em 22/02/2016 14:40 / atualizado em 22/02/2016 14:43

Caio Wallerstein /Diario de Pernambuco

Paulo Paiva/DP
Vinte e oito de abril de 1918. No campo do British Club, Náutico e América davam o pontapé inicial para uma rivalidade que chega próximo aos 100 anos. A derrota acachapante imposta pelo esmeraldino ao Timbu - 10 a 3, uma das maiores da história do confronto - era um dos primeiros passos para o que seria o primeiro título pernambucano do clube. Hoje, porém, a história do Clássico da Técnica e da Disciplina (como era conhecido) é bem diferente.

Depois de uma freguesia que durou seis anos e 10 derrotas (a primeira vitória alvirrubra foi apenas em 1925), o histórico dos confrontos entre Náutico e América mudou drasticamente, segundo registraram os pesquisadores  Carlos Celso Cordeiro e Luciano Guedes no livro "Campeonato Pernambucano". Desde aquela vitória alvirrubra, no campo da Avenia Malaquias, foram mais 200 confrontos, com amplo domínio timbu. Ao todo, são 142 vitórias do Náutico, 33 do América e 36 empates.

Estes quase 98 anos de rivalidade reservaram alguns duelos históricos. Entre eles, duas decisões. Na primeira, o Mequina levou vantagem. Foi em 1945; na melhor de três, o Periquito ganhou as duas primeiras partidas (2 a 0 e 3 a 0) e sequer precisou da terceira para sagrar-se campeão naquele ano. A segunda foi em 1951 (mas válida pelo campeonato de 1950): em três partidas, um empate (1 a 1) e duas vitórias alvirrubras (3 a 1 e 3 a 2) e a taça do Estadual.

Recentemente, Náutico e América voltaram a se enfrentar pelo Pernambucano. Foram dois confrontos em 2011 e dois em 2012. Nos primeiros, uma vitória para cada lado. A do América, por 4 a 2, encerrou um período de 17 anos sem nenhuma vitória do esmeraldino. Já em 2012, a vitória do Náutico por 2 a 0, nos Aflitos, ficou marcada negativamente pela lesão do atacante Rogério, que passou mais de seis meses fora após receber uma entrada dura de Maneco, do América.