Diretoria e comissão técnica divergem sobre importância das lesões na má fase do Náutico

Desde a eliminação na Copa do Brasil, frente ao Botafogo, o Náutico não vem vivendo seus melhores momentos. Meio a uma crise de lesões, o auxiliar técnico Lucianinho, que comandou a equipe na beira do campo na derrota por 3 a 0 para o Fortaleza, lembrou dos constantes desfalques e a necessidade contínua de alterar a equipe como um dos principais motivos para a má fase. Na visão do gerente de futebol, Ítalo Rodrigues, porém, não se pode culpar apenas as lesões, nem ficar “buscando desculpas”.

“Eu, sinceramente, não compro o discurso simples e puro das lesões. Se eu fizer isso, talvez soe ou alguém possa interpretar que aqueles que entraram em campo não estão no mesmo nível que os outros. É complicado você buscar uma desculpa ou um apontamento ou até mesmo uma solução para um momento que vem já, em alguns jogos, complicado”, afirmou o dirigente do Náutico.

Já para Lucianinho, os bons resultados obtidos pela equipe na última temporada, com o acesso e o título na Série C do Brasileiro, atestam o bom trabalho, que estaria sendo atrapalhado pela reformulação da equipe gerada pelos desfalques.

“Lá atrás, desde quando chegamos aqui, no ano passado, nós tivemos uma busca de equilibrar todos os setores, a gente teve sucesso, mas com tudo que está acontecendo com o Náutico, em relação a lesões, também a cartões, a gente não está conseguindo produzir isso com desempenho total. Agora, com semanas cheias, eu acredito que a gente possa chegar nesse momento e dar um equilíbrio maior para toda a equipe em todos os setores”, afirmou o auxiliar técnico do Náutico.

Os dois também fizeram ponderações sobre o estilo de jogo alvirrubro. Na visão de ambos, o Náutico chegou a ter um bom primeiro tempo contra o Fortaleza, mas pecou nas finalizações, o que vem pesando para o Timbu. Buscando equilíbrio na equipe, Lucianinho lamentou os gols que vêm sendo perdidos no início das partidas.

“No primeiro momento, eu diria que está faltando em umas oportunidades que nós estamos tendo no início dos jogos, que se a gente tivesse a conclusão em gol, o grupo se tornaria completamente diferente. A partir do momento que você, pressiona, você tem chances de gol e as coisas não acontecem, a equipe vai sentir”.

Já Ítalo, lembrou do capacidade produtiva apresentada pelo Náutico na partida, mas reforçou a necessidade de melhorias na equipe, que, independente dos acertos, não vem obtendo resultados.

“Quando a gente para, senta e analisa friamente aquilo que a gente produziu, seria completamente injusto dizer qualquer coisa e fazer um apontamento individual nesse sentido. Eu acredito sim que a gente tem muito o que melhorar, avaliar os pontos positivos que a gente tem a tirar nesse momento, que são menores que os negativos. A gente precisa fazer mais, se a gente criou hoje e o gol não saiu, a gente precisa criar e o gol precisa sair”.