Vice diz que Náutico aprendeu com erros na temporada e promete 2015 melhor no futebol

Se há indícios de uma mudança na situação do Náutico, eles não são muito visíveis. Os torcedores, que acompanharam a realidade ininterrupta de atrasos salariais durante 2014, vêem com incredulidade a montagem do novo elenco. Afinal de contas, a promessa é de uma folha significativamente menor que a da atual temporada. Os dirigentes, entretanto, asseguram que há motivos de sobra para acreditarem que 2015 reserva momentos mais felizes para o Timbu.

Escolhido para comandar o departamento de futebol, o vice José Barbosa explica que muita coisa mudou no clube desde o início da gestão de Glauber Vasconcelos. Para o cartola, desde então, o grupo que assumiu o clube adquiriu bastante experiência e está mais preparado para lidar com as adversidades do dia a dia. “O presidente assumiu em meio a um cenário político muito conturbado. Além disso, se viu obrigado a montar um time rapidamente sem ter a experiência necessária”, justificou.

Barbosa contou que uma das principais lições aprendidas é sobre o impacto da questão salarial no desempenho do time. Para evitar o que se viu ao longo de 2014, o dirigente conta que há um compromisso de todos os envolvidos no futebol do Timbu de respeitar o valor estipulado para a folha. “Estabelecemos valores para o departamento que não poderão ser ultrapassados. A folha foi definida de acordo com o orçamento que já temos garantido. A verba virá da nossa participação na Copa do Nordeste e na Copa do Brasil, além do nosso acordo com a Arena Pernambuco, as receitas com os sócios e as cotas da televisão”, descreveu.

O dirigente contou ainda que a montagem do novo elenco está em pleno curso, desde a definição de Moacir Júnior como substituto de Dado Cavalcanti no comando do time. Além disso, Barbosa reiterou a decisão de que os atletas do atual elenco que não se adequarem à nova realidade financeira serão liberados. “Os que tiveram bons desempenhos serão procurados. Vinícius, Sassá, Júlio César, Luiz Alberto, Marinho… Esses jogadores nos interessam. Mas dentro da nossa filosofia, os jogadores que estão acima do teto estabelecido para 2015, só seguirão se aceitarem se enquadrar nessa nova realidade. Eles não são obrigados a ceder e nós não somos obrigados a contratar jogadores que estão acima das nossas condições.”