Se na última década falar de Kuki é falar do Náutico, falar de Kuki também é falar dos Aflitos. Atleta que mais vestiu a camisa alvirrubra (387 jogos) e quarto maior goleador da história do clube (179 gols), o ídolo carrega também o orgulho de ser o segundo maior artilheiro do estádio com 115 gols, apenas 11 atrás de Bita, o número um. O primeiro, marcado em um amistoso , em janeiro de 2001. E que Kuki lembra com riqueza de detalhes.

“Foi nessa barra daqui”, recorda, apontando para a meta da Rua da Angustura. “Foi um jogo contra a Cabense, 2x1, em um sábado a tarde. Júlio Espinosa (treinador) usou dois times”, completou o ex-jogador, com a memória em dia. “Sempre digo que o que sou hoje devo ao Náutico e os Aflitos faz parte disso. É a minha segunda casa. Esse é um momento de tristeza, mas as lembranças ficam. Jamais serão apagadas da memória. É um orgulho enorme fazer parte da história desse estádio.”

$Atacante Kuki balançou as redes 115 vezes no estádio alvirrubro em sua carreira (Ricardo Fernandes\DP)$
Atacante Kuki balançou as redes 115 vezes no estádio alvirrubro em sua carreira

Kuki ainda terá mais uma chance de se despedir do velho companheiro. No próximo dia 20 de julho, a diretoria alvirrubra marcou uma partida festiva, nos Aflitos, para a despedida do ídolo dos gramados (o jogador se aposentou em 2010). Mas o próprio Kuki sabe que o fim definitivo do antigo caldeirão será hoje. “É a última partida oficial”, encerrou.