Santa Cruz

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Antipatia de Oliveira Canindé aos adversários do Santa Cruz divide opiniões no grupo coral

Treinador sugeriu que atletas sequer trocassem mais camisas com rivais no fim dos jogos

postado em 15/10/2014 18:09 / atualizado em 15/10/2014 20:04

Yuri de Lira /Diario de Pernambuco

Ricardo Fernandes/DP/D.A Press
Oliveira Canindé adota um discurso de antipatia aos seus adversários. Tem rejeitado qualquer tipo de agrado ou política da boa vizinhança que parta dos times rivais do Tricolor nesta Série B do Brasileiro. Sugeriu até que os seus jogadores parassem com um procedimento de praxe no futebol, o de trocar camisas com os atletas de outras equipes no fim das partidas. A linha de raciocínio do treinador coral volta-se unicamente e exclusivamente para o Santa Cruz. A postura dele, entretanto, tem dividido opiniões entre os seus comandados.

O técnico mostra-se antipático a tudo que não é Santa Cruz. Ao ponto de desfazer acordos pré-estabelecidos pela própria direção de futebol. "Não quero nada de bom dos adversários. Não vou esperar nada de bom deles. Quando fomos jogar contra o Joinville (em Santa Catarina), os caras foram oferecer o campo e estávamos acertados para ir. Mas eu disse que eu não queria ir para casa de adversário. Nós não fomos e treinamos num campo de uma empresa. Contra a Ponte (em Campinas), foram também no nosso hotel e disse que não queria coisa boa do adversário. Quero os três pontos. Não quero conversa", disse.

Canindé, inclusive, indica que não quer nem uma relação tão próxima dos seus jogadores com os de outros times. Pelo menos dentro de campo. "Grandes equipes do Nordeste, quando vão enfrentar outras grandes equipes, parece que o fundamental é pedir a camisa do adversário. Não quero camisa do adversário. Nem gosto de jogador meu que peça camisa para os times. Já pensava assim desde quando eu jogava", declarou.

Os atletas corais comentaram o ponto de vista do treinador. Tentaram contornar a situação. "Particularmente, não chego a esse extremo. Procuro defender o Santa. Mas, se o chefe falou, está falado. É melhor é respeitar a ordem dele", disse Wescley."A gente tem amizades no outro lado. Mas na hora de trocar a camisa, vai ter que pensar", endossou Danilo Pires.