Santa Cruz

Humilhado

Santa Cruz leva 3 a 0 do Campinense e ouve gritos de olé da arquibancada

Tricolor foi irreconhecível diante da Raposa. Inoperante, assistiu o adversário jogar e foi facilmente derrotado em Campina Grande

postado em 23/01/2013 23:09 / atualizado em 24/01/2013 01:05

Alexandre Barbosa /Diario de Pernambuco

CHICO MARTINS/FUTURA PRESS

O Santa Cruz foi irreconhecível. Em nada lembrou o time aguerrido e aplicado da estreia com vitória sobre o CRB. O Tricolor assistiu a um verdadeiro passeio do Campinense, nesta quarta-feira, no estádio Amigão, em Campina Grande. O placar de 3 a 0 e os gritos de olé da torcida local disseram tudo.

Se tem uma palavra para definir o Santa Cruz no primeiro tempo de jogo, seria inofensivo. Em nenhum momento os jogadores corais davam mostras de que haviam entrado na partida. Os laterais foram inoperantes. Os mais não buscavam o jogo coletivo, insistindo nas jogadas individuais, o que não ajudou em nada a equipe. Sem a bola, os atacantes também pouco puderam fazer.

O adversário, por outro lado, tomou a iniciativa da partida. Bem postado em seu campo, o Campinense roubava a bola do Santa Cruz e saía em velocidade para o ataque. Assim, foi levando perigo à meta do Tricolor. O gol do time da casa saiu aos 32 minutos, numa falha da defesa coral. Panda cruzou da esquerda, Vágner não se entendeu com Tiago Cardoso, que saiu mal do gol, e afastou de cabeça. A bola foi nos pés de Thiago Granja, que tocou de primeira.

O jogo escancarou os problemas que ficaram escondidos na vitória sobre o CRB. A presença de Éverton Sena na lateral direita só se explica pela total falta de condição física de Marquinho. Completamente perdido, ele não defendeu, sua especialidade, nem atacou. No meio, Natan e Renatinho se esconderam após o gol do Campinense, dificultando ainda mais a vida dos atacantes. Philco e Caça Rato estiveram em campo? Só para constar.

O principal problema do time, porém, foi o setor defensivo, que havia funcionado bem diante do CRB. Em nenhum momento zagueiros, volantes e laterais se encontraram. A facilidade do Campinense era incrível, fosse nas descidas pelos lados ou pelo meio. Isso ficou claro no segundo gol do Campinense, aos cinco minutos do segundo tempo, em que Bismarck cruzou da direta, a bola passou por todos na área e chegou a Gleybson, livre, tocar para o gol. E ainda mais flagrante no terceiro, aos 14. A bola foi alçada na área e Edvânio tocou de cabeça, no meio da zaga, para o gol.

Em suma: o segundo tempo foi um baile do Campinense, com direito a grito de olé da torcida local. E nem assim o Santa Cruz conseguiu reagir. Uma atuação a ser esquecida pelo torcedor, mas não pelos jogadores e comissão técnica. A vitória na estreia camuflou muitos erros, que na derrota de ontem foram escancarados. A hora é de parar, analisar e corrigir. Por enquanto, ainda há tempo.



FICHA DO JOGO

Estádio: Amigão (Campina Grande-PB). Árbitro: Mayron dos Reis Novais (MA). Assistentes: Geilson Mendes dos Santos (MA) e Carlos André Pereira de Sousa (MA). Gols: Thiago Granja, Gleybson, Edvânio; Cartões amarelos: Sandro Manoel, Luciano Sorriso e Éverton Sena. Público e renda: não divulgados.

Campinense-PB
Pantera; Thiago Granja, Roberto Dias, Edvânio e Panda; Wellington, Dedé, Gleybson e Bismarck (Rafael Cearense);  Zé Paulo (Selmir) e Jefferson Maranhense. Técnico: Oliveira Canindé

Santa Cruz
Tiago Cardoso; Éverton Sena (Marquinho), César, Vágner e Tiago Costa; Anderson Pedra, Sandro Manoel, Renatinho (Paulo César) e Natan; Flávio Caça-Rato (Luciano Sorriso) e Philco. Técnico: Marcelo Martelotte