Santa Cruz

Arruda

Santa Cruz se salva de mais um vexame com gol no final do jogo

Tricolor empatava em 0 a 0 até os 44 minutos do segundo tempo. César marcou o gol que garantiu a vitória da equipe coral sobre o Petrolina, neste domingo

postado em 24/03/2013 18:03 / atualizado em 24/03/2013 19:04

Alexandre Barbosa /Diario de Pernambuco

Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

O Santa Cruz esteve perto de um novo vexame dentro de casa neste domingo, no Arruda. O empate sem gols com o Petrolina persistia até os 44 minutos do segundo tempo. O gol parecia que não ia sair. Mas saiu. César, de cabeça, marcou o tento salvador. E o Tricolor arrancou uma suada vitória diante de um adversário que veio fechado na defesa.

O primeiro tempo foi dominado pelo Santa Cruz. O time, porém, não conseguiu marcar o gol. Oportunidades não faltaram. Caça-Rato, Dênis Marques, Raul, Tiago Costa. Qualquer um desses poderia ter aberto o placar, mas nenhum teve sucesso. O Petrolina entrou posicionado para sair no contra-ataque, mas nem isso a frágil equipe do Sertão conseguia. Comandado pelo experiente Bilica, a Fera Sertaneja se concentrava em se defender.

Apesar do domínio, o Santa Cruz não fez uma boa apresentação no primeiro tempo. O time teve falhas. A ligação da zaga com o meio-campo não existiu. Nenhum dos dois volantes aparecia para buscar o jogo. Isso forçava os defensores a fazer a ligação direta com o ataque ou os meias terem que recuar até o campo defensivo para buscar a bola.

O papel de transição coube, principalmente, ao estreante Raul. Junto a Natan, que conduzia bem a bola, ele deu uma boa dinâmica ao time, mas então o tricolor esbarrou em outro problema. O aproveitamento do ataque. Caça-Rato fez uma partida sofrível, errando tudo o que tentava.

O jogo continuou da mesma maneira no segundo tempo. O Petrolina jogava com os 11 jogadores no seu campo de defesa, enquanto o Santa Cruz tentava achar uma brecha para atacar. O Tricolor, porém, esbarrava nos seus próprios erros. A transição continuava falha e a ligação da meia com o ataque piorou, com a queda de rendimento de Natan e Raul.

A torcida começava a se irritar. Era preciso mudar alguma coisa. E então Martelotte chamou Nininho e Renatinho, colocando-os nas vagas de Everton Sena e Raul. Ouviu gritos de burro da arquibancada. A essa altura, a paciência dos torcedores já havia passado dos limites. A cada erro do time dentro de campo, mais sinais de insatisfação.

O torcedor reclamava com razão. As substituições de Martelotte não fizeram efeito. Renatinho, posicionado pelo direita, não fez nada de extraordinário. Nininho mal pegou na bola. Natan voltou a aparecer, mas o ataque continuava nulo. A inatividade de Dênis Marques começa a prejudicar a equipe, um alerta para o futuro.

A pressão aumentava a cada minuto. Fora e dentro de campo. Nas arquibancadas, a torcida se revoltava com o resultado e o futebol apresentado pela equipe. Dentro dele, o Santa Cruz tentava achar uma brecha no ferrolho armado pelo Petrolina. A salvação veio na bola parada. Aos 44 minutos, Nininho cobrou falta na área e César, de cabeça, salvou o Tricolor do vexame.

Ficha do jogo

Santa Cruz

Tiago Cardoso; Everton Sena (Nininho), César, William Alves e Tiago Costa; Anderson Pedra, Sandro Manoel, Raul (Renatinho) e Natan; Dênis Marques e Flávio Caça-Rato (Netto). Técnico: Marcelo Martelotte

Petrolina

Diego; Sidnei, Gilmar Millano e Bilica; Rogério Rios (Salgadinho), Kleitinho (Geovane), Jair, Júlio e Toninho; Márcio e Viola (Jildemar). Técnico: Júnior Caruaru

Estádio: Arruda. Árbitro: Neilson Santos. Assistentes: Francisco Chaves e Jean Maciel. Gol: César (SC). Cartões amarelos: Bilica, Jair, Diego, Geovane (P), Anderson Pedra (SC). Público: 13.309. Renda: R$ 108.456,00.