Parceria entre Caça Rato e Dênis Marques se consolida a cada jogo do Santa Cruz

Uma dupla que joga por música. Um brega, daquele rasgado. Com direito a dancinha após cada gol. Os planos sobre a próxima comemoração acontecem no mesmo quarto na concentração. Lá ficam juntos Dênis Marques e Flávio Caça-Rato. A amizade fora de campo rende frutos dentro dele. Um entrosamento que vem desde o ano passado. Que fez a diferença no primeiro jogo da final do Pernambucano. Lindo passe de calcanhar de CR7. Finalização mortal de DM9.

Cada um tem um estilo de jogo. Se completam. Dênis Marques corre menos, finaliza mais, é cirúrgico. Caça-Rato corre. Corre muito. Se doa, não dá a jogada como perdida. Finalização não é o seu forte, mas até que os gols vão saindo. Fora de campo, a personalidade é parecida. A irreverência é a marca da dupla. Inseparáveis na subida do vestiário para o campo, na roda de bobo, no aquecimento.


As circunstâncias já separaram DM9 e CR7 do time titular. Com o rendimento abaixo do esperado na Copa do Nordeste, Caça-Rato começou o Pernambucano no banco de reservas. Paulo César ganhou a vaga no jogo contra o Pesqueira. Mesmo assim, a torcida pediu e o atacante foi acionado no segundo tempo. Correu, se esforçou. Convenceu o técnico Marcelo Martelotte. Ganhou mais uma chance.

Bola na rede


Caça-Rato voltou a ser titular na partida seguinte. E só perdeu a titularidade quando Martelotte decidiu mudar o esquema tático do time no clássico contra o Náutico, pela fase anterior. A parceria estava desfeita, mas não demoraria a voltar. Dois jogos depois, com a contusão de Natan, CR7 e DM9 atuavam juntos novamente, no jogo com o Sport. Desde então, vêm numa sequência.


Dos 14 jogos disputados pelo Santa Cruz no PE2013, em dez a dupla DM9/CR7 foi titular. Os dois são responsáveis por 10 dos 18 gols marcados pelo clube no campeonato. Dênis Marques é o artilheiro da equipe, com sete. A tabela no clássico com o Sport foi a segunda entre os dois que resultou em bola na rede. Na vitória do Tricolor sobre o Ypiranga por 2 a 0, o segundo gol coral saiu de uma jogada de lançamento de Caça-Rato para finalização de Dênis Marques. Gol de um ou de outro, o final é o mesmo. Dancinha coreografada. Os gols são mais bonitos.



Saiba mais



Os números da dupla no Pernambucano

CR7

11 jogos
3 gols

DM 9

12 jogos
7 gols

Jogos como titulares juntos

10

Dúvida



A situação do zagueiro Renan Fonseca preocupa o departamento médico do Santa Cruz. Ele deixou o campo no segundo tempo do clássico com o Sport, após sofrer uma entrada dura de Tobi. O diagnóstico foi de entorse no tornozelo esquerdo, que está bastante inchado. O jogador está em tratamento intensivo e numa previsão otimista deve ser liberado para voltar a treinar com bola amanhã. Segundo o médico Wilton Bezerra, a evolução do quadro está sendo boa. “Após o jogo ficamos preocupados com a situação dele. Mas nessas 24 horas a resposta foi favorável. Ele ainda não está recuperado, mas já se apresentou bem melhor”, explicou.