Sandro Manoel e Pingo terão bichos cortados e vão pagar cestas básicas no Santa Cruz

Na última sexta-feira, o clima no Santa Cruz ficou tenso com um desentendimento entre Sandro Manoel e Pingo. Os jogadores se estranharam e partiram para as vias de fato. Precisaram ser apartados pelos colegas. Mesmo assim, foram relacionados para o jogo contra o América, algo que foi visto por muitos como uma complacência da diretoria ante os gestos de violência. Mas se alguém achava que os dois passariam impunes, se enganou. Porque o clube anunciou, na manhã desta segunda, que os dois serão, sim, sancionados.

A punição aos atletas se dará em duas esferas. Primeiro, institucionalmente: eles deixarão de receber parte dos dois próximos “bichos” pagos aos jogadores. O tamanho exato desse desconto, segundo Constantino Júnior, diretor de futebol coral, não será revelado. A diretoria quer evitar que o assunto continue rendendo, e tenta resolvê-lo internamente.

Mas não é só o Santa Cruz que vai sair lucrando (economicamente, ao menos) com essa sanção. Algumas famílias necessitadas também vão se dar bem, graças a um “código de ética” que existe entre os jogadores. E de acordo com as regras desse código, cada um dos brigões terá que pagar vinte cestas básicas. “Foi o próprio grupo que impôs essa pena. Existe um regulamento interno entre os jogadores, e para o grupo é muito importante que todos sigam”, afirmou o diretor.

Regras de convivência

São muitas as condutas repreendidas por esse regulamento. Desde atender o celular durante as refeições em grupo, até situações mais nervosas, como a briga da última semana. Tudo para garantir a unidade do elenco através de regras comuns a todos, estabelecidas pelos próprios jogadores.