Santa Cruz

SANTA CRUZ

Aposentadoria, recepção e projeções no Santa Cruz: Grafite dá primeira entrevista após volta

Atacante deixa em aberto possibilidade de seguir atuando após fim do contrato

postado em 01/07/2015 19:30 / atualizado em 01/07/2015 21:05

Yuri de Lira /Diario de Pernambuco

Rafael Martins/Esp DP/D.A. Press
Passada a euforia da torcida na chegada de Grafite
, o atacante de 36 anos foi apresentado oficialmente à imprensa no começo da noite desta quarta-feira. Simbolicamente associado ao clube, mostrou-se feliz com o retorno ao Arruda depois de 13 anos. Comentou sobre o que motivou volta à velha casa e reafirmou o carinho que tem com a torcida e com o Santa Cruz. Avaliou sobre o seu papel no atual elenco e fez projeções para o time no futuro da Série B do Brasileiro. Para o futuro da sua carreira tamnbém. Deixou claro que não pensa ainda em aposentadoria. Confira, em tópicos, como foi a coletiva do atleta no auditório do estádio.

Aposentadoria

Vamos ainda analisar como vai ser este ano. Já não sou um menino, mas vamos ainda analisar. Tenho bom condicionamento físico, boa genética e espero ainda ter grandes performances e render. Hoje, o meu objetivo não é parar de jogar. Vamos analisar com carinho como vou estar até o fim do contrato.

Alegria pelo retorno

Estou contente, estou feliz por estar nesta coletiva. Tenho grande alegria de voltar ao Santa Cruz depois de 13 anos. Depois de conversas, chegamos a um acordo. Espero retribuir esse carinho e essa confiança. Espero fazer gols e ajudar o Santa Cruz a voltar à Série A. Obrigado pela recepção, pela carteirinha de sócio.

O que passou na cabeça quando o você viu o Arruda cheio no helicóptero?

Não sei se eu fazia um vídeo, se fazia uma foto. Fiquei todo perdido, quase não consegui tirar o cinto direito. Foi uma emoção muito grande. Foram 13 anos longe do Santa Cruz. Nunca tive uma recepção dessa nos clubes que passei.

A missão de liderar o elenco

Não só pela minha história, mas pela minha idade também, acho que eu posso fazer isso. Fui capitão no Oriente Médio por cinco anos e sei que posso ajudar, principalmente, os mais jovens. Penso que a minha conduta vai ser muito importante. Quero ser um exemplo e, dentro de campo, marcar gols. Só não gosto que pensem: 'O Grafite chegou então já estamos na Série A'. Vamos um passo por vez.

O que mudou do Grafite das duas primeiras passagens?

Cheguei aqui como um menino e volto como um jogador consagrado. Muita coisa mudou... Tudo aconteceu muito rápido desde quando saí daqui. O começo aqui no Santa Cruz foi difícil, complicado, embora tenha tido apoio dos jogadores, comissão e do professor Muricy Ramalho. Volto mais experiente, com mais rodagem, passagem pelo futebol europeu e asiático. Volto como ídolo, mas é mostrar dentro de campo tudo isso. Espero fazer melhor que fiz em 2000 e 2001.

Projeção de gols
Falar que eu não penso em gols eu vou estar mentindo. Lógico que penso, mas é um passo de cada vez. Não dá para char que vou ser o artilheiro da Série B. Quero muito, mas entre querer e fazer há um abismo muito grande. A equipe não depende só do meu futebol. Futebol é esporte coletivo. Espero vir para agregar.

A escolha pela camisa 23
É um número que vem me acompanhado há oito anos. Desde que cheguei na Alemanha, em 2007. O número vem me dando sorte. Venho conquistanto títulos, fazendo gols e quero dar continuidade. Falava-se muito que o Santa Cruz precisa de um camisa 9, aí perguntei anteontem que podia jogar com a 23 e foi sem problemas.