Santa Cruz

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Retrospectiva: os personagens que fizeram parte da trajetória do Santa Cruz em 2013

Conquista do tri Estadual na Ilha e acesso à Série B foram os destaques corais no ano

postado em 29/12/2013 10:38 / atualizado em 29/12/2013 11:09

Marcel Tito /Diario de Pernambuco

Paulo Paiva/DP/D.A Press
Aflitos, Arruda e Ilha do Retiro são destinos obrigatórios em qualquer retrospectiva esportiva de Pernambuco. Pelo menos até 2013. A partir do próximo ano, o estádio dos Aflitos sai definitivamente da lista. Entra, em seu lugar, a Arena Pernambuco. Substituição que aconteceu nesta temporada e lançou o Náutico na Era da modernidade estrutural, das Arenas. Já no campo... O ano foi cruel para os alvirrubros, ao contrário dos rubro-negros e tricolores. A série Histórias que passaram por aqui relembra a temporada dos três clubes. Resgate contado a partir de Pedro Tibúrcio, Marcelo “Doido” Farias e Pedro Gama.

Os bastidores do tri

A proposta de acompanhar dois torcedores na final do Estadual, um tricolor e um rubro-negro, levou o Superesportes a conhecer aquele que talvez seja o mais “louco” torcedor do Santa Cruz: Marcelo Farias. O “homem”, que invadiu o gramado da Ilha do Retiro após a conquista, carregou o herói Dênis Marques nos ombros e tornou-se o protagonista do vídeo Pai, Filho e Espírito Santa, produzido por Brenno Costa e Lucas Fitipaldi, que superou a marca de 25 mil acessos.

“Invasão” que não parou por aí. Marcelo, que entre os amigos é conhecido como “Marcelo Doido”, acabou aparecendo em outro momento histórico do Santa Cruz na temporada. Na conquista do título da Série C, lá estava ele, no gramado do Arruda, comemorando o final perfeito da temporada, carregando, nos ombros, o herói do renascimento tricolor: o goleiro Tiago Cardoso. Uma “loucura” que ele espera dar prosseguimento no próximo ano.

A “loucura” na Ilha

“Sejam bem-vindos à casa dos festejos. Aqui é o meu lugar.” A provocação foi disparada pelo torcedor Marcelo Farias ao pisar as arquibancadas da Ilha do Retiro em 12 de maio. Data da final do PE2013, véspera do aniversário do Sport. Uma tarde-noite histórica para os tricolores. Mais uma. Pelo terceiro ano seguido, o Santa Cruz derrotaria o maior rival na final do Estadual e ficaria com o título. Uma conquista narrada por Marcelo no emocionante vídeo O pai, o filho e o espírito santa, produzido pelos repórteres Brenno Costa e Lucas Fitipaldi, que viraram a noite na redação do Superesportes editando todo o material que foi o melhor webdocumetário produzido pela equipe no ano.

A “loucura” dos dirigentes

O título do PE2013 revelou Marcelo Martelotte como um técnico promissor. E o tirou do Arruda. Em 24 de maio, o técnico anunciou a sua saída do Tricolor para o rival Sport. Deixou a incerteza no Arruda, ainda mais porque levaria para a sua nova casa o volante Anderson Pedra, destaque na conquista estadual. Para aumentar o sentimento de dúvida, a diretoria anunciou Sandro Barbosa como o seu substituto. O mesmo Sandro que, um dia antes, havia criticado a diretoria coral.

O treinador não conseguiu fazer o time render e, apesar da insistência dos dirigentes em mantê-lo no cargo - haviam recusado a sua saída na primeira vez em que ele colocou o cargo à disposição -, Sandro deixou o comando em 20 de agosto, dois dias após o Tricolor perder para o Luverdense por 3 a 1, fora de casa. Rapidamente, o time anunciou o seu substituto: o técnico Vica, que já comandou o time contra o CRB, em 24 de agosto, no Arruda (empate por 0 a 0).

A “loucura” de Dênis Marques

É difícil imaginar o que passa pela cabeça de Dênis Marques. Ídolo do Santa Cruz, o atacante achava estar acima do bem e do mal no Arruda. Indisciplina que o novo comandante resolveu colocar um ponto final. Uma das primeiras medidas do novo treinador foi colocar o atacante na reserva. Isso logo após uma falta na reapresentação do elenco. Dênis viu, do Recife, no segundo jogo de Vica, o Santa Cruz conseguir a sua primeira vitória fora de casa na história da Série C: 3 a 1 sobre o Cuiabá. Viu mais: nascer um novo ídolo. Com dois gols no jogo, André Dias, até então escanteado no Arruda, despontava como o novo matador coral. Com ele, o Santa voltou ao G4 e classificou-se na primeira colocação do grupo 1. Agora, restava o Betim no caminho de volta à Série B.

A “loucura” na volta à Série B

60.040 pessoas que estavam nas arquibancadas do Arruda no domingo 3 de novembro para o dia mais esperado dos últimos seis anos. O dia do retorno à Série B. Com Dênis Marques na reserva, o Santa Cruz curvou-se ao talento de três ídolos: Tiago Cardoso, o milagreiro que sintetiza melhor do que ninguém renascimento coral, autor de uma defesa espetacular quando a partida contra o Betim ainda estava em 0 a 0 - após um escorregão de Sandro Manoel; André Dias, que estava no lugar errado na hora certa para fazer o primeiro gol do Santa; e ele, Flávio Caça-Rato, a trilha sonora preferida das arquibancadas, que saiu do banco para carimbar de vez a volta tricolor à Segundona.

A “loucura” no título da Série C

Adivinha quem o Superesportes encontrou no gramado do Arruda, comemorando o título da Série C na entrega oficial das medalhas e troféu, em 1º de dezembro? Sim, Marcelo “Doido”. Encontrou não. Só depois, quando as fotos do caderno especial do título estavam sendo escolhidas, alguém da equipe reconheceu: “Olha quem está ali!” Mais uma vez, cumprindo uma promessa. Feita ainda na época do documentário do Estadual. “Vou carregar Tiago Cardoso nos ombros.” Promessa para o acesso e título do Santa. Cumprida após a vitória no Arruda por 3 a 1 sobre o Sampaio Corrêa.