Santa Cruz

SANTA CRUZ

Com 49 mil no Arruda, Santa Cruz vence o Operário e larga na frente por acesso à Série B

Tricolor venceu paranaenses no Arruda com golaço de falta do lateral Vítor

postado em 19/08/2018 18:51 / atualizado em 19/08/2018 18:56

 Nando Chiappetta/DP
Dever de casa feito. Com o apoio de um Arruda lotado, com quase 50 mil pessoas, e uma atuação competente, principalmente no primeiro tempo, o Santa Cruz derrotou o Operário-PR por 1 a 0 no jogo de ida das quartas de final da Série C. Resultado que dá aos corais a vantagem do empate no próximo domingo, em Ponta Grossa, para retornar à segunda divisão nacional. 

Já ao time paranaense, que chegou a quinta partida seguida sem vitórias, resta quebrar essa sequência. Triunfo por um gol de vantagem leva a decisão para os pênaltis. Por dois ou mais, a vaga é da equipe do Operário.

O jogo

Com a sua força máxima, o Santa Cruz entrou em campo para seguir a risca a cartilha que lhe cabia nesse primeiro jogo do mata-mata. Contando com um apoio em massa da torcida, o tricolor procurou se impor como mandante desde os primeiros minutos, sendo superior ao Operário durante todo o primeiro tempo.

Tendo no arisco atacante Jailson a sua principal válvula ofensiva, sendo bastante agudo pelo lado esquerdo e “amarelando” os defensores adversários (foram três na etapa), os tricolores pecavam apenas no último terço de campo. Com erros de passes e tomadas de decisões erradas nas finalizações. Faltava ao time, um pouco mais de paciência. 

E também de qualidade na criação do meio de campo, com Carlinhos Paraíba e Arthur Rezende, os responsáveis pela distribuição do jogo coral, rendendo em uma rotação abaixo do restante do time. Com o Operário mais preocupado em segurar o ímpeto pernambucano, a defesa teve pouco trabalho. E se impôs quando preciso.

Porém, para coroar a boa apresentação na etapa inicial faltava o principal. E em uma “falta dupla”, com a barreira paranaense impedindo a cobrança inicial com o braço, o experiente lateral direito Vítor mandou uma bomba indefensável para o goleiro Simão. Golaço e vantagem merecida no placar.

Segundo tempo

Sem ter motivos para mexer na equipe, o técnico Roberto Fernandes manteve a mesma formação do Santa Cruz para a etapa final. O mesmo fez o treinador Gerson Gusmão, do Operário. A mudança da equipe paranaense foi de postura, saindo um pouco mais para o ataque. 

Com isso, o goleiro Ricardo Ernesto foi obrigado a fazer boa defesa logo aos três minutos, em chute de Clayton. O que, por outro lado, deu ao Santa os espaços que não apareceram no primeiro tempo. Cabia aos pernambucanos aproveitarem.

Buscando dar maior velocidade a transição da defesa para o ataque em busca de um contra-ataque, Roberto Fernandes sacou Carlinhos Paraíba para pôr o lateral Mailton, aos 16 minutos, com Jailson sendo deslocado para o meio e Arthur Rezende como volante. A partir daí, porém, o que se viu foi um jogo mais truncado. Com o Operário muitas vezes abusando das faltas para matar as investidas corais. Sem, contudo, deixar de ser perigoso.

Em dois lances, o time paranaense por pouco não empata. No primeiro, com Bruno Batata chegando atrasado dentro da pequena área. No segundo, com Robinho isolando livre da entrada da área. Aos 36, sentindo o crescimento do Operário na partida, Roberto Fernandes reforçou o meio de campo com a entrada de Charles na vaga de Arthur Rezende. Foi o suficiente. Vitória e vantagem assegurada.

Ficha do jogo

Santa Cruz 1
Ricardo Ernesto; Vítor (Leandro Costa), Sandoval, Danny Morais e Allan Vieira; William Maranhão, Carlinhos Paraíba (Maílton) e Arthur Rezende (Charles); Jailson, Pipico e Robinho. Técnico: Roberto Fernandes.

Operário-PR 0
Simão; Leo, Alisson, Sosa e Peixoto; Chicão, Índio (Erick), Xuxa e Clayton (Robinho); Bruno Batata e Lucas Batatinha (Quirino). Técnico: Gerson Gusmão.

Local: Arruda, no Recife.
Árbitro: Wagner do Nascimento Magalhães (Fifa-RJ).
Assistentes: Rodrigo Figueiredo Corrêa e Carlos Henrique Alves  (ambos do RJ).
Gols: Vítor (45 min do 1º) (SC). 
Cartões amarelos: Ricardo Ernesto, Allan Vieira, Pipico e Robinho (SC), Quirino, Léo, Robinho, Índio, Xuxa, Bruno Batata e Erick (O). 
Público: 49.476.
Renda: R$ 782.335.