Santa Cruz

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Santa Cruz supera 'Pipico dependência' e equilibra desempenho do time sem artilheiro

Tricolor conquistou 66% dos pontos nas 12 partidas em que o centroavante esteve em campo; sem ele, rendimento da equipe foi exatamente o mesmo

postado em 11/04/2020 14:16 / atualizado em 11/04/2020 14:15

(Foto: Rafael Melo/Santa Cruz )
Desde que chegou ao Santa Cruz em 2018, Pipico consolidou, pouco a pouco, seu nome como artilheiro. Ao ponto de, no ano passado, por exemplo, o ídolo da torcida ditar o desempenho do time. Neste início de temporada, porém, o cenário mudou. Hoje, a equipe comandada pelo técnico Itamar Schülle vem conseguindo, com êxito, equilibrar a ausência de uma das suas principais peças.

Os números mostram. Nas 12 partidas disputadas pelo centroavante no Santa Cruz, antes da paralisação do futebol em virtude da pandemia do coronavírus, a Cobra Coral venceu sete, empatou três e perdeu duas. Conquistou 66% dos pontos em jogo. O mesmo aproveitamento registrado quando o artilheiro, em cinco duelos, não jogou. Foi assim contra Atlético-GO, Sport, Náutico, ABC, Frei Paulistano. No saldo, três vitórias, um empate e uma derrota.  

Realidade oposta daquela que se mostrou em 2019. Tendo Pipico em campo, o Tricolor do Arruda alcançou um desempenho de modestos 46% - tanto no recorte de todos os confrontos nos quais esteve presente na temporada, como nos duelos da Série C. No histórico geral, no ano passado, a Cobra Coral anotou 10 vitórias, 12 empates e oito derrotas. Levando em consideração apenas a Terceira Divisão, quando o atacante disputou 13 jogos, foram quatro vitórias, seis empates e três derrotas. 

As novas soluções

O que justifica este novo cenário? Em 2019, Pipico foi o responsável por praticamente metade - 47% - de todos os gols do Santa Cruz no ano. Dos 34 gols corais, o atacante balançou as redes em 16 oportunidades. Nesta temporada, o centroavante marcou seis, de um total de 22 tentos feitos pelo Tricolor - 26% do montante geral, portanto. O que justifica este novo cenário, de uma possível queda de hegemonia? 

Alguns nomes, não necessariamente no setor de ataque, vem chamando a responsabilidade quando Pipico não está em campo: contra o Frei Paulistano, o meia Didira fez dois dos três gols da vitória coral, o lateral direito Toty também marcou e decretou a vitória do Santa Cruz, no último minuto, diante do ABC. 

Foi assim também com o zagueiro Danny Morais e o atacante Mayco Félix, que marcaram os gols da vitória da Cobra Coral diante do Retrô. Ou com o protagonismo do atacante Victor Rangel e do zagueiro William Alves, autores dos gols contra o rival Náutico. E do oportunismo do prata da casa Patrick Nonato, no duelo contra o Atlético-GO, pela Copa do Brasil.