Santa consegue suspender leilão da sede e do Arruda por tempo indeterminado

Pela segunda vez em uma semana o Santa Cruz conseguiu impedir o leilão da sua sede social e do estádio José do Rêgo Maciel. Na manhã desta quarta-feira, o ministro do Superior Tribunal de Justiça, Og Fernandes, deferiu uma liminar determinando a suspensão do leilão dos bens corais, que iriam a execução pública para pagamentos de dívidas fiscais e tributárias.

O leilão do Arruda estava marcado para às 14 horas desta quarta, com lance mínimo de R$ 30 milhões e 986 mil. "O ministro suspendeu o leilão até que o mérito de todos os processos sejam devidamente julgados. Do contrário seria um prejuízo irreparável. Não há prazo para isso", explicou o advogado coral, Eduardo Lopes.

Ainda segundo ele, o clube também alegou outros pontos para suspender, por tempo indeterminado, o leilão do Arruda. "A dívida está avaliada em cerca de R$ 40 milhões, mas no nosso entendimento, esse valor é 30% menor. Temos duas empresas que estão levantando para saber quais desses processo estão prescritos. Há processos de 1989", destacou Lopes.

Ainda segundo o advogado tricolor, após discutido o valor total de todos os débitos fiscais e tributários, o Santa tentará um parcelamento da dívida. "Caso esse parcelamento seja aceito, acaba o risco do clube ter seus bens penhorados", explicou.

Por fim, o clube ainda usou outra alegação para suspender o leilão. Isso porque, segundo os advogados corais, como o terreno para a construção da sede e do estádio do Arruda foram doados pela prefeitura do Recife, eles são inpenhoráveis. "Mas esse recurso não chegou a ser analisado", finalizou Eduardo Lopes.