postado em 05/05/2014 08:00
/ atualizado em 05/05/2014 08:07
Eram 14h40 quando o caixão com o corpo de Paulo Ricardo Gomes da Silva foi colocado em uma das sepulturas do cemitério de Santo Amaro. Entre choro, aplausos e gritos de guerra do Sport, familiares e amigos fizeram coro por justiça, pelo fim da impunidade. Cobravam das autoridades e do presidente do Santa Cruz, Antônio Luiz Neto, respostas para mais um crime estúpido tendo o futebol como pano de fundo.
"Queremos que a justiça seja feita. Queremos explicações, porque isso não pode ficar assim. Como um crime dessa envergadura, com repercussão no Brasil inteiro, vai ficar impune? Quem conhecer quem atirou o vaso sanitário (que ao ser arremessado do anel superior do Arruda vitimou Paulo Ricardo), por favor, avise à Polícia. Pelo amor de Deus", clamava o tio Jorge Valdevino da Silva.
O pai José Gomes da Silva também reforçou o clamor. E fez um alerta. Para ele, se nada for feito, a morte de Paulo Ricardo não será a última nos estádios de Pernambuco. "Não tem câmeras no Santa Cruz? Como assim? Foi o meu filho, mas podia ser uma criança, um idoso, eu ou você. Vão deixar mais pessoas morrerem para, aí então, fazerem algo? Vai morrer mais gente. Desse jeito, vai morrer mais gente."
Padrasto de Paulo Ricardo, Maurício Francisco de Oliveira centrou a sua revolta no presidente do Santa Cruz, Antônio Luiz Neto. "A gente está querendo justiça, principalmente com quem fez essa barbaridade. Mas o clube também é responsável. O presidente do Santa Cruz tem que ser punido também", disse.
