Sandro condena greve no Santa Cruz e indica que "novatos" tenham iniciado a manifestação

Principal elo entre diretoria e jogadores, o coordenador de futebol Sandro Barbosa respeitou a decisão dos jogadores do Santa Cruz, que entraram em greve no treino desta quinta-feira, devido aos dois últimos meses de salários atrasados. No entanto, ele achou a manifestação exagerada. Condenou a paralisação dos atletas. Falou que ela irá atrapalhar a preparação da equipe para enfrentar o Vasco da Gama, sábado, na Arena Pernambuco. Não se sabe, aliás, ainda se os corais sequer voltarão a treinar nesta sexta. Sandro ainda sugeriu que alguns novatos no plantel teriam iniciado o motim.

"Lógico que a gente sabe com quem começa. Não vem o caso de comentar aqui. A gente sabe por onde passam certas coisas. Nem todos (os jogadores) querem isso, principalmente quem conhece o clube. Eles sabem que a gente se esforça. Quem não conhece, quem chegou agora, é que, às vezes, fica preocupado. A gente tem mais é que procurar solucionar isso da melhor maneira possível", disse Sandro Barbosa.

Para o coordernador, embora adote um discurso conciliador, a ação dos tricolores foi radical. "Não respeito esse tipo de atitude. Dava para suportar. Mas os jogadores têm os seus direitos e sabem onde a coisa aperta. Acharam por bem fazer isso. Sou um cara que puxo sempre pro lado do jogador, mas, desta vez, não aceito o que foi feito", declarou. "Sou até a favor (da greve), mas quando há maldade. Isso não acontece no Santa Cruz", complementou.

Sandro disse ainda que a atitude vai terminar, naturalmente, respingando na preparação para a próxima rodada, numa partida de teor decisivo para as pretensões do Santa Cruz nesta Série B do Brasileirão. "Atrapalha. Teríamos que treinar hoje (nesta quinta). Vamos procurar conversar para amanhã (sexta-feira) ter treinamento. Espero que amanhã eles reflitam melhor e voltem a treinar normalmente", contou. Adiantou ainda que o treinador coral está igualmente preocupado com a situação. "Canindé está preocupado, lógico. Precisa trabalhar a parte tática e isso tudo acaba pesando", relatou.