Santa Cruz

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Martelotte adota nova filosofia no Santa Cruz, diferente da que foi criada por Ricardinho

Método de trabalho do técnico será posto à prova em sua reestreia, neste sábado

postado em 19/06/2015 07:55 / atualizado em 19/06/2015 11:28

Yuri de Lira /Diario de Pernambuco

Guilherme Verissimo/Esp DP/DA Press
Desde a chegada de Marcelo Martelotte, na última segunda-feira, a rotina no Arruda tem sido bem diferente de quando o time era comandado por Ricardinho. Pouco a pouco, o técnico vai implantando o seu método de trabalho. Sem mistério, monta uma escalação diferente. Deu moral para quem não vinha atuando regularmente. Tem se mostrado um motivador nato a fim de reerguer um grupo ainda imerso na zona de rebaixamento da Série B. Amanhã, contra o Ceará, na Arena Castelão, a filosofia do treinador será colocada à prova. Espera-se que o novo modus operandi se traduza em bons resultados.

Sem o excesso de treinamentos secretos (prática de Ricardinho, pelo menos, duas vezes por semana), Martelotte não encobriu nada nos quatro treinos que promoveu no Santa até então. Apenas o desta sexta-feira, fechou meia hora depois do recreativo. Chega até a escancarar algumas situações de jogo. A plenos pulmões, não se furta em cobrar dos jogadores para todos os presentes no estádio ouvirem. Pode-se ouvir dele também constantes palavras de apoio aos atletas. Quando enxerga o erro de um dos seus comandados, faz questão de orientá-los. Mas também não os deixa se abater. “Boa, boa, boa”, diz, frequentemente, em tom motivador.

Principalmente os reservas têm recebido atenção especial do técnico. Uma das peças que estava encostada, aliás, foi ressuscitada pelo comandante. De volta à titularidade, Renatinho, que havia trabalhado com o técnico na campanha do título estadual de 2013, elogia a filosofia que já conhecia. “Estou motivado com a chegada de Marcelo. Ele tem me passado confiança. Foi um dos melhores técnicos que tive.”

Nathan foi outro que ganhou chance. Comemora não só a oportunidade, como também a volta do amigo Guilherme Biteco ao clube - reintegrado ao grupo a pedidos do novo treinador. “Fiquei feliz porque Martelotte pediu a volta de Biteco, que é meu companheiro de longa data. Estou até mais solto de novo agora.” Ao contrário do que acontecia com Ricardinho, que mantinha atritos com membros da direção e comissão técnica, funcionários também falam que o ambiente está mais leve.