Santa Cruz

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Com esquema do Santa Cruz em xeque após duas derrotas, Wellington nega sobrecarga defensiva

Embora o Tricolor tendo sofrido seis gols em dois jogos, volante diz que colegas o ajudam na marcação, mas reconhece que, às vezes, tem que apelar para as faltas

postado em 21/10/2015 09:00 / atualizado em 21/10/2015 09:31

Yuri de Lira /Diario de Pernambuco

Ricardo Fernandes/DP/DA Press
Adotada há seis rodadas no Santa Cruz, a formação com dois meias e apenas um volante já parece não ser mais tão eficiente como outrora. Nas duas últimas - contra CRB e Náutico - o time coral se mostrou muito exposto. Vulnerabilidade que resultou em derrotas e na saída do G4 da Série B. O esquema do técnico Marcelo Martelotte, de fato, chegou a surtir efeito. Foram três vitórias e um empate nos quatro primeiros jogos com a nova proposta tática. Se ela voltará a ser efetiva, isso ainda é uma incógnita. O fato é que Wellington Cézar, único cabeça de área do esquema, seguirá reunindo as obrigações de marcação no meio-campo. Mas ele nega qualquer tipo de sobrecarga.

A queda de rendimento com a formação passa pelo entendimento dos adversários sobre o excesso de ofensividade do Santa e também, especificamente no caso do Clássico das Emoções, pelo pouco combate dado por Renatinho, que precisou substituir o suspenso Daniel Costa e deixou João Paulo - com maior propensão defensiva que ele - mais incumbido em armar as jogadas.

O Santa foi vazado três vezes em Alagoas e mais três no clássico com o Náutico, no Arruda. Uma sequência de gols sofridos que ainda não havia acontecido com o Tricolor sob o comando de Martelotte na competição. O treinador não acredita que o seu sistema de jogo esteja saturado e promete repeti-lo. Em Wellington Cézar, portanto, continuarão concentradas as atribuições defensivas no meio, mas o volante nega uma sobrecarga, num discurso que beira mais a polidez com os colegas e com o técnico. “Os companheiros me ajudam”, diz.

Líder disparado do ranking de faltas cometidas na Segundona (segundo o site de estatísticas Footstats) e pendurado com dois cartões amarelos pela terceira vez, Wellington, ao mesmo tempo, reconhece que, não raramente, tem sido obrigado a apelar para as faltas para frear as investidas dos rivais na formação de Martelotte. “Só tem eu na cabeça de área e, às vezes, faço falta para matar a jogada, para não ficarem no mano a mano."