Escassez na reserva do Santa Cruz tem trazido prejuízos para o time neste início de ano

Manter o esqueleto do time vitorioso de 2015 foi a grande cartada da diretoria do Santa Cruz e do técnico Marcelo Martelotte para um bom início de temporada. As novas peças que chegaram e as que já tinham no grupo para dar retaguarda a esta base, porém, não se mostraram ainda capazes de suprir as deficiências dos titulares ou fazer-lhes alguma “sombra”. No Clássico das Multidões, na Ilha do Retiro, essa falta de opções do treinador ficou ainda mais evidenciada.

Ao perder os volantes Wellington Cézar e Dedé por lesão na véspera do clássico, Martelotte foi obrigado acionar Renatinho e Lucas Gomes - um meia de origem e um inexperiente prata da casa, sacrificando assim João Paulo, que passou a ter que ajudar mais na marcação. Com ambos os titulares ainda vetados para a partida desta quarta-feira, contra o Juazeirense, no Arruda, pela Copa do Nordeste, o comandante tende a seguir com a formação e só tem Everton Sena para o setor caso aconteça outro imprevisto.

Não é só na cabeça de área do Santa Cruz que faltam opções. Os casos mais grave são nas duas laterais. Na direita, Vitor, jogador com atuação comprometedora na derrota por 2 a 1 para o Sport, não tem um concorrente capaz de ameaça-lo. Lucas Ramon atuou somente um jogo, diante do modesto América, e foi ineficiente. De cara, não caiu nas graças da torcida.

Na esquerda, quando o titular Allan Vieira precisou ser substituído no clássico por causa de dores no tornozelo, o reserva Tiago Costa não continuou dando conta do recado na marcação. O gol da virada leonina acabou saindo justamente pelo seu lado. Lá na frente, a escassez de reservas persiste. Opção mais recorrente para mudar o ataque tricolor durante os jogos, o prata da casa Raniel ainda não tem sido tão eficiente como se projetou.