Mendes não se apega a invencibilidade, mas avisa que não aceita derrota por falta de entrega

A última derrota do Santa se perdeu no tempo. Foi pelo placar de 1 a 0 para o Bahia, na Copa do Nordeste, em 23 de março. Faz, portanto, quase dois meses. Nesse período, o time coral disputou 15 partidas. Venceu nove e empatou seis. A invencibilidade não empolga o técnico Milton Mendes. Ele continua na filosofia de pensar a cada jogo. Sem se apegar aos números. Até por isso, o treinador trata com naturalidade um possível tropeço tricolor na temporada.

"Lógico que, quando nós entramos em campo, os três resultados são possíveis. Mas, desde que a gente entre lutando muito e nos dedicando muito, tentando fazer o que é treinado dentro das nuances táticas, se perder para um adversário melhor, lógico que a gente vai ter que aceitar e trabalhar. Mas, se nós perdermos por incompetência nossa, por falta de determinação, por falta de entrega, aí vou ficar muito chateado. E pode ter certeza que quando eu fico chateado é complicado", disse. "Eu posso admitir que podemos perder sim, mas para uma equipe muito melhor que nós. Mas nós não podemos perder para alguém que lute mais do que nós", acrescentou.

Da sequência invicta do Santa Cruz, Milton Mendes participou de 13 partidas e foi fundamental nas conquistas do Campeonato Pernambucano e da Copa do Nordeste. Em nenhum desses momentos, apesar de estar sorrindo na maioria das vezes, o comandante coral deixou se levar pelos bons resultados dentro de campo. E faz questão de seguir assim.

"O equilíbrio é o segredo de tudo. Não podemos estar depressivos em cima da derrota e nem extremamente felizes com as vitórias", afirmou Milton Mendes. "Eu não sou homem de puxar os méritos para mim. Eu sempre divido com todos. As estatísticas ficam para vocês. O jogo mais importante é o próximo", acrescentou.