Santa Cruz

SANTA CRUZ

Fora de campo, técnico do Santa Cruz também promove grandes mudanças no clube coral

Milton Mendes encabeça ampliação dos departamentos de fisiologia e análise de desempenho além da indicação de novos programas para acompanhar jogadores

postado em 22/05/2016 13:33 / atualizado em 24/05/2016 09:42

Brenno Costa /Diario de Pernambuco

Julio Jacobina/DP
Dentro de campo é inegável que Milton Mendes provocou uma reformulação no Santa Cruz. O trabalho consistente do treinador, por sinal, já faz a torcida coral acreditar em um horizonte de maior tranquilidade na Série A. Mas é longe dos olhares da arquibancada que o comandante também desempenha um papel tão importante quanto o que se vê entre as quatro linhas. O técnico trabalha para mudar a estrutura do futebol tricolor. E, assim como as conquistas, pode deixar um legado importante para o futuro.

Na última quinta-feira, o vice-presidente Constantino Júnior, junto com outras duas pessoas ligadas à tecnologia da informação, viajou para Curitiba. No roteiro, o Atlético Paranaense. No clube rubro-negro, o diretor intensificou os estudos sobre novos programas e equipamentos para o Santa Cruz poder acompanhar ainda melhor os atletas no departamento de fisiologia além de um novo sistema de vídeo para gravar os jogos.

“Quando ele veio, foi pensando também no legado. É lógico que, em uma Série A, existe uma disparidade muito grande na parte financeira. Então, nós temos que equiparar com situações que nos permitam, fora de campo, dar o máximo de rendimento aos nossos atletas”, disse Constantino Júnior. “Às vezes, é um trabalho invisível, mas, que a longo e médio prazo, dá uma perspectiva muito boa para o clube”, acrescentou.

Ainda por indicação de Milton Mendes, o departamento de análise de desempenho do clube está ganhando novos profissionais. Há também o interesse na compra de um programa para avaliar e acompanhar o desempenho de jogadores no mundo, auxiliando o clube no momento das contratações. O clube ainda comprou um moderno sistema de monitoramento dos atletas do Santa Cruz nos treinos e jogos: o Catapult.

Um aparelho colocado em um colete para cada atleta monitora a intensidade nos trabalhos. Utilizado pela Seleção Brasileira, ele calcula todos os detalhes da movimentação do jogador no campo. Desde qual direção toma com mais frequência até se consegue desempenhar o máximo da parte física. Com esses dados, é possível traçar um perfil de cada peça do elenco e, assim, individualizar os treinamentos com dados que são armazenados na nuvem.

De acordo com Constantino Júnior, o sistema do Catapult chega ao Santa Cruz em até 40 dias. “Vamos investir cerca de R$ 350 mil para adquiri-lo. Ele tem um custo anual de manutenção que é cerca de 15 mil dólares. Sei que o Atlético Paranaense e o Flamengo também utilizam. São quatro times que utilizam além da Seleção”, revelou o diretor.

Agradecimento
Na linha de frente dessa grande reformulação, o técnico Milton Mendes trata apenas de agradecer aos diretores que comandam o Santa Cruz e não se coloca como protagonista. “Tem que fazer um elogio grande às pessoas que estão dirigindo o clube. São pessoas de um nível humano extremamente positivo. São pessoas que viram o pior do clube e estão agindo para o melhor acontecer. São pessoas que estão dando e não tirando. Tem que ter muito respeito a eles. Nós precisamos de mudanças e melhorarias, e eles nunca viraram a cara. Estou dando algumas ideias, mas não quero entrar no mérito delas”, declarou.

Com colaboração do repórter Rafael Brasileiro