SANTA CRUZ
Ao contrário do que projeta treinador, Sula pode não ser tão desgastante assim para o Santa Cruz
Chaveamento do Tricolor, que estreia com clássicos na competição, aponta para possíveis duelos com times do Mercosul, cujo itinerário é relativamente curto
postado em 22/07/2016 10:30 / atualizado em 22/07/2016 13:23

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Mendes baseou o seu argumento na sua experiência pessoal no ano passado, quando comandou o Atlético-PR na Copa Sul-Americana. Porém, sequer chegou a deixar o Brasil. Na primeira fase, enfrentou o Joinville, que fica a apenas duas horas de Curitiba em trajeto terrestre. Em seguida, encarou o Brasília, campeão da Copa Verde. Também cerca de duas horas de viagem, mas de avião. Quando o Furacão entrou na etapa internacional e se deparou com o paraguaio Sportivo Luqueño, adversário ao qual foi eliminado, o treinador já tinha deixado a equipe paranaese. Ainda assim, o Paraguai é vizinho ao estado do Paraná.
O caminho do Santa Cruz nesta Sula pode ser semelhante. Para começar, sequer deixa o Recife, visto que tem de cara clássicos contra o Sport. Nas oitavas, há 50% de chance de o Tricolor não sair do Mercosul. Pode encarar o mesmo Sportivo Luqueño (de Luque, Região Metropolitana de Assunção) ou o Peñarol, de Montevidéu, para onde saem voos diretos da capital pernambucana e que demoram aproximadamente cinco horas - uma a mais que uma ida ao Rio Grande do Sul, por exemplo, onde os corais vão viajar ainda para enfrentar Grêmio e Internacional na Série A do Brasileiro.
Se chegar às quartas, o Tricolor será o melhor nordestino da história da copa. Já vai ter abocanhado R$ 3,7 milhões em cotas e estará a apenas seis jogos do inédito título. Ou seja, já vai estar imerso na disputa. Considerando-se as equipes favoritas, o “risco” de viagens mais longas nesta fase aumenta um pouco. O Santa poderia retornar ao Paraguai (cerca de cinco horas do Recife com escala em São Paulo) para enfrentar o Cerro Porteño. Mas também poderia ir para o Chile ou Colômbia, onde jogaria contra Universidad Católica ou Santa Fé (o atual campeão), respectivamente.
Já nas semifinais, ainda levando em conta os times mais cotados, existe novamente a chance de sequer sair do país, visto que um dos possíveis adversários desta fase sairá do Brasileirão. Se não enfrentar o conterrâneo, pode ainda encarar o Estudiantes, na Argentina (cujo deslocamento é um voo direto, também de cerca de cinco horas, do Recife para Bueno Aires, seguido de trajeto de 40 minutos de ônibus até La Plata). O colombiano Atlético Nacional (finalista desta Libertadores) e o boliviano Bolívar são quem mais poderiam tirar o Santa de rotas mais próximas.
Ao chegar à decisão para conseguir um inédito título e a acumular R$ 12,11 milhões na conta, não se pensa mais em desgaste de viagens. Até porque as duas partidas finais acontecem depois do término da Série A. De sete adversários favoritos à finalíssima da Sula, apenas dois estão localizados mais longe do Brasil. No caso, o Universitário, do Peru, e o Emelec, do Equador.
O provável caminho do Santa Cruz na Sul-Americana
Oitavas
Independiente Medellín-COL, Universidad Católica-EQU, Sportivo Luqueño-PAR ou Peñarol-URU
Quartas
Santa Fé-COL, Cerro Porteño-PAR e Universidad Católica-CHI
Sêmis
Estudiantes-ARG, Atlético Nacional-COL, Brasil 6 e 4, Bolívar-BOL
Final
San Lorenzo-ARG, Independiente-ARG, Lanús-ARG, Brasil 3, Universitario-PER, Emelec-EQU e Libertad-PAR
Comparativo
Viagens para localidades no Mercosul demoram, aproximadamente, cinco horas de avião. O Santa já passou por trajetos parecidos no Brasileiro. Ao enfrentar a Chapecoense na quarta rodada do campeonato, precisou desse tempo para chegar à Arena Condá. Foram três horas de voo do Recife para São Paulo, mais uma da capital paulista para Florianópolis e mais outra, em avião fretado, para Chapecó.