Santa Cruz

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Em vão: Vallés não jogou pelo Santa Cruz, não vai mais jogar, mas deve terminar ano no Arruda

Eliminação na Sul-Americana minou chances do argentino atuar pelo Tricolor em 2016; direção segue com perspectiva de mantê-lo no elenco em 2017

postado em 30/09/2016 14:31 / atualizado em 30/09/2016 14:48

Yuri de Lira /Diario de Pernambuco

Nando Chiappetta/DP
Dos 16 jogadores reforços trazidos pelo Santa Cruz para a disputa da Série A e também da Copa Sul-Americana, um não jogou e não vai jogar mais no restante desta temporada. Uma contratação feita em vão. Não regularizado a tempo para atuar no Brasileiro, o argentino Gabriel Vallés poderia até ser aproveitado no torneio continental. Mas como o Tricolor foi eliminado nas oitavas de final para o Independiente Medellín, acabaram-se todas as suas chances de entrar em campo pelo time coral em 2016. Ainda assim, com contrato assinado até dezembro, seguirá no Arruda, pelo menos, até o término do seu vínculo.

Embora não tenha mais como ser utilizado pelo técnico Doriva, o lateral direito segue treinando no clube, que estuda continuar com ele em 2017. “Ele tem contrato conosco e provavelmente fica até o fim do ano. Depois vamos analisar se ele fica”, disse o diretor de futebol do Santa Cruz, Jomar Rocha. O atenuante do problema é que Vallés foi trazido a custo zero e recebe um salário modesto, ainda assim oneroso para o clube que, por exemplo, deve três meses ao seu elenco.  

Por que não ficou logo regularizado?
Do derradeiro pacote de reforços trazido pela diretoria, que incluia também Mazinho e Wágner, Vallés foi o primeiro a chegar no Santa. Está treinando com o elenco desde o último dia 6. Dos três, era o que tinha a sua regularização mais complicada. Primeiro por causa do visto para trabalhar no Brasil como estrangeiro. Mas principalmente pelo fato de o contrato dele com o possuidor de seus direitos econômicos, o Juventud Unida Universitario, da Argentina, não ter sido desfeito por completo.

Em 14 de julho, houve uma “rescisão unilateral” de Vallés com o Juventud, ou seja, o jogador se desvinculou após liminar na Justiça, porém não houve rompimento do contrato por parte do clube. Como ainda não se desligou por completo e por comum acordo da ex-equipe, a sua vinda ao Santa Cruz se caracterizaria como uma transferência internacional. O problema é que a janela para esse tipo de transação no Brasileiro se fechou ainda em 19 de julho. Sem a celeuma resolvida, ficou impossível também colocá-lo na Sula, que tem as inscrições abertas fase a fase até as semifinais.