Santa Cruz

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Doriva nega marasmo no elenco do Santa Cruz e minimiza "legado" que deixará no clube

Treinador diz que não conseguiu transformar atuações, as quais considera competitivas, em vitórias; técnico tem só 12,1% de aproveitamento na Série A

postado em 19/10/2016 11:00 / atualizado em 19/10/2016 10:13

Paulo Paiva/DP
O técnico Doriva já mostrou desalento em relação à fuga do Santa Cruz da zona de rebaixamento da Série A. Embora não saiba ainda se continua no clube no próximo ano, sugeriu até para a diretoria planejar 2017. Mas o comandante coral, ciente de que o seu trabalho não foi convertido em números satisfatórios, nega que exista um marasmo no elenco para estes seis jogos restantes no Brasileirão.

Apesar de o time coral vir de sete derrotas consecutivas no campeonato, Doriva julga que o Santa Cruz mostrou competitividade durante essa série negativa. Para ele, a exceção foi no segundo tempo da rodada passada, quando sofreu três gols da Ponte Preta, no Moisés Lucarelli, e acabou perdendo a partida por 3 a 0.

“A sequência de derrotas é lamentável. Nesse último jogo, vi um abatimento no segundo tempo que não pode existir e não estava existindo. Mesmo não conseguindo os objetivos, vínhamos fazendo bons jogos”, avaliou. O técnico pede que a postura na etapa final do confronto em Campinas não pode mais ser repetida. “O atleta tem que entender que, disputando uma competição de nível nacional, tem um nome a zelar, tem o nome do clube a zelar. Eu tenho o meu nome a zelar.”

Legado
Após ter assumido a equipe na segunda rodada do returno, o aproveitamento de Doriva no Santa não é bom. Nesta segunda metade da competição, o Tricolor tem a pior campanha e o treinador acumula apenas uma vitória, um empate e nove derrotas em 11 jogos disputados. Aproveitamento de somente 12,1%. Eliminado nas oitavas da Copa Sul-Americana, o técnico terminou com o continental com 58% de rendimento, mas ficou o sentimento de que o time poderia ter avançado mais caso não ele não tivesse poupado jogadores no torneio. Ainda que destaque os níveis de atuação da equipe sob a sua gestão, o comandante reconhece os baixos números. E, por causa disso, minimiza o “legado” que deixará no Arruda ao término da temporada.

“Fica pouca coisa, na verdade. Quando não se vence, cria-se essa frustração e fica difícil você tirar coisas boas. Mas vi que a equipe jogou de igual para igual com adversários fortíssimos. A equipe, quando se propõe a jogar, faz frente a qualquer outra. E nós fizemos isso. No entanto, não conseguimos êxito. Tem essa frustração, mas mostrar que a equipe conseguiu fazer grandes jogos é a principal situação que pode ficar como legado.”