
“Eu, por conhecer e ter trabalhado outra vezes no Santa Cruz, sei que existem essas questões extracampo que também fazem parte do trabalho do técnico. Essa situação foi mais acentuada agora”, revelou o técnico, que ainda afirmou que a disposição dos atletas não foi alterada por conta da situação.
“Minha participação foi muito maior em relação a manter os jogadores concentrados no trabalho. Entendo que até por isso se chegou a esse limite, e eles tomaram essa atitude. Tenho tentado melhorar o ambiente para que essa crise não interferisse no dia a dia de trabalho. A resposta deles foi muito boa e nenhum comportamento foi relacionada a esse extracampo”, acrescentou.
Apesar de ser “bombeiro” nesta situação, Martelotte dá toda a razão aos seus comandados. Acredita que as reivindicações são legítimas e espera que tudo seja resolvido para que a greve realmente não ocorra. “O pleito é justo. Existe toda essa dificuldade e está dentro dessa realidade que se vive no Santa Cruz. Entendo que o que eles estão reivindicando é justo. O cenário ideal era que eles não precisassem parar. Não se parou de trabalhar em nenhuma ocasião e esperamos que tudo seja resolvido.”
O cenário de paralisação seria o fundo do poço para o Santa Cruz em uma temporada que tem tudo para ser finalizada com o rebaixamento à Série C. Caso o time cruze, os braços a partir da próxima segunda-feira a possibilidade do Tricolor não entrar em campo contra o Paraná é grande. Essa situação, contudo, ainda não foi pensada pelo treinador.
“Eu não cheguei a pensar nisso. Estou junto com eles na decisão que foi tomada agora. Seria uma situação muito extrema. Algo que nunca vimos no futebol. Tenho a esperança que isso se resolva até segunda-feira. A partir de segunda é que vamos pensar nisso.”