Santa Cruz

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Após seis meses, Vitor volta a jogar, se emociona e deixa futuro em aberto no Santa

Lateral-direito afirmou que vai esperar eleição para definir renovação

postado em 22/11/2017 11:55 / atualizado em 22/11/2017 13:05

Ricardo Fernandes/DP
Aos 35 minutos do segundo tempo da vitória do Santa Cruz por 5 a 2 sobre o Juventude, o Arruda parou. Apesar do público não ser nem de perto os 1.502 anunciados pelo clube, a torcida que compareceu aplaudiu a mudança realizada pelo técnico Adriano Teixeira. O lateral-direito Vitor entrou em campo após 192 dias sem jogar de forma oficial. Uma vitória pessoal que ele jamais esquecerá.

Na hora que entrou em campo, Vitor não foi cumprimentado apenas por Nininho, que cedeu a sua vaga, ou pelos aplausos da torcida. Anderson Salles estava lá para entregar a faixa de capitão. Um dia que ele jamais esquecerá.

“Tenho que agradecer a Deus e minha família que sempre estiveram ao meu lado. Ao clube que me ajudou na recuperação. Passei por um momento tão difícil que nem pensei em renovação. Só pensei na minha recuperação. Já tive muitos momentos bons aqui dentro como acesso e títulos. Hoje, é mais um dia bom na minha história no Santa Cruz. Tentei deixar esse rebaixamento um pouco de lado e tenho que comemorar que voltei a jogar”, afirmou o lateral-direito. 

O dia foi tão diferente que Vitor revelou que foi como se estivesse começando a carreira novamente. “Comentei antes do jogo que a emoção que eu senti era a mesma do meu primeiro jogo como profissional. Quando acabou o aquecimento, fui calçar as chuteiras e me emocionei bastante. Foi mais um capítulo na minha carreira e pude realizar esse sonho de voltar a jogar após a grave lesão.”

Ainda no vestiário

Antes da partida, o atleta tomou a palavra após a oração e pediu ao elenco que não lhe desse a vitória. Mas que dessem tudo que pudessem dentro de campo. O recado foi atendido. Algo que lhe deixou bastante orgulhoso. “Na lesão que eu tive, todos ficaram do meu lado e chateados pela lesão. O que falei antes do jogo foi que há dois meses atrás eu não tinha condições e eles tinham condições de estar jogando. Pedi que jogassem com alegria. Não pedi a vitória, mas que cada um desse seu máximo e todos deram o seu máximo. Só tenho que agradecer a eles.”

E agora?

Questionado sobre o futuro, Vitor não mostrou pressa ou preocupação. Apenas desejou que o Santa Cruz mude para melhor e demonstrou que pode seguir no clube em 2017 apesar dos problemas financeiros e de estrutura. “Esses dois últimos anos foram muito difíceis, mas tenho uma identificação enorme com o clube. Foi o segundo clube que eu mais joguei depois do Goiás. Espero que quem assuma coloque as coisas em ordem. O clube é grande e não vai deixar de ser grande. Não sei se existe interesse em minha permanência. Vamos sentar e ver o que é melhor para os dois lados.”