Santa Cruz

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Com 'atraso' de três anos, Constantino Junior se candidata à presidência e promete mudanças

Dirigente quer utilizar experiência para delegar e dar outra cara à gestão coral

postado em 01/12/2017 16:57 / atualizado em 01/12/2017 18:07

Rafael Brasileiro/DP
O vice-presidente de futebol e do executivo do Santa Cruz, Constantino Junior, afirmou várias vezes, em conversas formais ou não, que deixaria o clube em 2017. Queria dar um tempo no futebol, ficar mais com a família e fazer cursos de gestão. Planos adiados quando foi chamado pela direção coral na última segunda-feira (27/11). Uma decisão que muitos não queriam que ele tomasse, mas que foi mais bem aceita do que ele esperava. Uma decisão que poderia ter ocorrido há três anos quando ele era cogitado para ser o candidato, mas assumiu como vice-presidente de Alírio Moraes.

“Escutei muitas coisas, mas depois da escolha as pessoas abraçaram. As pessoas se preocupam com o lado pessoal, psicológico, emocional e da saúde, já que tive alguns problemas neste ano. Eu tinha saído do Santa Cruz. Vim apenas para resolver os problemas de alguns atletas da base que iríamos renovar e ver a situação de três atletas que podem renovar. Mas fui convocado e neguei algumas vezes, mas depois aceitei. Não estava preparado para fazer campanha. Me sinto preparado para o cargo, mas estava me preparando para deixar o futebol”, lembrou.

Constantino promete mexer muitas coisas no clube, algo que ele poderia ter feito quando era vice-presidente, mas que foi impedido porque o futebol lhe consumia demais. Agora, caso assuma o comando do clube, o desejo é de aplicar o que aprendeu nos sete anos que foi diretor de futebol. 

“Agora é um momento diferente. Minha esposa até falou que tudo o que eu faço é bem feito e que eu tinha que delegar e cobrar resultados. As palavras dela me motivaram bastante vou lutar com afinco por essa presidência. Vivenciei a subida degrau a degrau. O Santa Cruz chegou longe e talvez não estivesse não preparado estruturalmente. A questão estrutural não acompanhou essa subida. O futebol modernizou e naquele tempo que ficou até sem série e deixamos de crescer em relação às estruturas. A conta chegou e pagamos caro. Pagamos até pela competência de ter chegado à Série A”, pontuou.

Mesmo apoiado nos ex-presidentes do clube, Constantino fala em renovar o quadro de diretores do clube. Quer dirigentes mais jovens e que tragam novas ideias para tirar o clube da situação crítica que se encontra. Porém, ele terá que lidar com a associação a Alírio Moraes, de quem foi o braço direito e que esteve ao lado nas duas quedas de divisão. Algo que ele espera fazer por conhecer o clube de forma mais profunda e por ter aprendido com os erros.

“Eu tenho conhecimento do clube e não que ele (Alírio) não tenha, mas chegou depois. Ele foi vítima até do próprio sucesso. Ele teve sucesso nas quatro primeiras competições que disputou. Ninguém batia nas costas para dizer que estava errado. Ele não aprendeu na derrota. Eu perdi e ganhei. A lição vem na derrota. Não estou aqui para reclamar do passado. Estou aqui para encarar o problema. Estou pensando no clube daqui a 40, 50 anos. Se não fizermos novos dirigentes como vamos ficar? Vivendo do passado? Vamos aprender com essas pessoas que fizeram grandes coisas pelo clube, mas também vamos trazer novas pessoas para atacarmos os problemas.”