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Santa Cruz repete aposta em goleiros jovens e projeta sucesso com gigante Carlos Miguel

Depois de experiência positiva com Anderson, Tricolor almeja cenário parecido com a nova joia do Internacional

postado em 20/12/2019 07:31 / atualizado em 20/12/2019 08:18

(Foto: Rafael Melo/Santa Cruz; Leandro de Santana/DP )
As semelhanças na trajetória são parecidas. Não há como negar. O Santa Cruz vem gostando de apostar em goleiros jovens no elenco. Escolha que não só vem dando frutos, mas que em 2020 será repetida. Depois de trazer o goleiro Anderson da base Palmeiras nesta temporada, agora é a vez do gigante Carlos Miguel, uma das jóias do Internacional, tentar a chance de despontar vestindo a camisa tricolor. O caminho está aberto para isso. 

Assim como o jovem Carlos Miguel, de apenas 21 anos, o ex-camisa 1 considerado ídolo pela torcida do Santa Cruz também chegou com status de aposta. Com algumas diferenças, é claro. Aos 20 anos, Anderson deixou o Palmeiras e veio treinar no Tricolor para ganhar mais experiência no elenco profissional. Mas antes disso, o goleiro já era destaque com passagens pelas seleções de base - em 2013, no sub-15 e no sub-20 em 2016. Oportunidade para Carlos Miguel que, até agora, ainda não apareceu. Mas os caminhos são parecidos. 

Ao final da Série C, Anderson foi um dos destaques do Santa Cruz. Mas não voltou ao clube de origem, o Palmeiras, porque o Alviverde paulista não demonstrou interesse em repatriar o jogador. Assim, o goleiro despertou interesse de um dos grandes do futebol brasileiro, o Athletico Paranaense. E seguiu rumo ao sul do país. 
 
Lá, em menos de uma semana de treinamentos, Anderson foi um dos convocados pelo técnico André Jardine a vestir a camisa da seleção brasileira pré-olímpica no Torneio de Tenerife, na Espanha. Jogando no Santa Cruz, Anderson levou 27 gols em 18 jogos. 

Trajetória de ascensão que não só despertou o interesse de Carlos Miguel, mas foi usada como atrativo na negociação entre o goleiro e o Santa Cruz. Tanto é que o atleta revelou que existiram conversas sobre Anderson com o executivo de futebol coral, Nei Pandolfo, durante sua vinda ao Tricolor.    

“Eu fiquei sabendo por notícias, o Ney me passou um pouco e eu fui pesquisar, fui saber da história. Eu já joguei contra o Anderson, só que por outro clube. Eu achei legal. Ele mereceu estar onde está hoje, mereceu tudo que ele conquistou aqui no Santa Cruz, por todo o trabalho que ele fez e agora eu vim fazer o meu trabalho. E agora chegou a minha hora, quero fazer meu trabalho”, afirmou. 

Mentor em falta  

Diferentemente de Anderson, que teve Ricardo Ernesto como mentor ainda no início desta temporada - o goleiro acabou se machucando, perdeu a posição para o próprio Anderson e não conseguiu voltar mais ao posto -, Carlos Miguel, por enquanto, não tem companhia com mais experiência na posição. No momento, o gigante do Arruda participa da pré-temporada com mais três jovens arqueiros, todos eles oriundos das categorias de base, que são Marcel, Guilherme e Maycon. 

Vale ressaltar que ídolo e experiente Tiago Cardoso está na mira do Santa Cruz, que deseja repatriar o jogador para disputar a próxima temporada. Enquanto esteve no Tricolor, Tiago Cardoso não contou com um goleiro da base para disputar como substituto a sua posição. Cenário diferente quando esteve no Náutico em 2017, com Jefferson na briga pelo posto.