Santa Cruz

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Aguardando reforços, Schülle cita improvisação no Santa Cruz: "Não está um mar de rosas"

Sem ter tido tempo suficiente para fazer uma pré-temporada adequada, atacante Victor Rangel está entre as preocupações do técnico Itamar Schülle

postado em 02/03/2020 14:10 / atualizado em 02/03/2020 14:25

(Foto: Paulo Paiva/DP Foto)
Por um lado, se os números da tabela do Campeonato Pernambucano passam a ideia de um Santa Cruz na ponta de cima com tranquilidade, o treinador Itamar Schülle faz questão de pontuar que a situação não é bem essa. E que, apesar da liderança na disputa, as dificuldades na equipe se fazem presentes desde o momento da escalação, devido à ausência de “algumas peças que gostaria”.

"As dificuldades são claras para todos nós, é como eu sempre falo. Não está um mar de rosas, temos dificuldades até em poupar atleta para um jogo. Não temos algumas peças que gostaríamos. A diretoria tem trabalhado, buscado. Eu sei da dificuldade que estamos tendo”, desabafou Itamar.

Com as disputas dos outros estados do país também em andamento, a dificuldade em apresentar uma “cara nova” no Arruda se intensifica. Ainda mais, pelas exigências das características que o técnico exalta desde sua chegada. Segundo ele, o mesmo é sentido pela diretoria do clube coral. “Não podemos trazer um atleta por trazer, tem que ser dentro das características do Santa Cruz. Sendo que, com todos os estaduais em disputa, é difícil tirar jogador. Conversei com Tininho (Constantino Jr.) e ele me relatou a dificuldade. Enquanto não conseguimos, estamos adaptando alguns atletas, usando a base e explicando o momento, dando confiança a um ou outro atleta, mudando o posicionamento, explicando e dizendo como fazer”, salientou.

A saída, para o momento atual do Santa Cruz, segue dividida entre adaptação e aposta na base, como mencionou o treinador. Além disso, outra preocupação está sendo o desgaste com o uso repetitivo de alguns atletas, pela falta de opções à disposição dele. “Temos superado o momento com trabalho até que a gente consiga ter umas peças a mais no elenco, com opções maiores e não acontecer de dar repetição de jogos e carga de trabalho para uma lesão não acontecer. Ontem me preocupei com (Victor) Rangel, foi para o terceiro jogo seguido, e não fez uma pré-temporada inteira. Todos esses detalhes a gente se preocupa para evitar perder um atleta”, disse.

Além de Victor, o meia Didira também serviu de exemplo na fala de Schülle, que acredita em “trabalho” e “seriedade” para resolver a questão”. “Didira teve virose e foi tirado para não ter um desgaste maior. Colocamos João (Cardoso) que fez um grande jogo, colocamos André na saída de Paulinho. Estamos buscando resolver os problemas, e com trabalho e seriedade temos conseguido".