Tudo em aberto na final do Campeonato Pernambucano. Em um confronto muito equilibrado e de muita marcação, Salgueiro e Santa Cruz ficaram no empate por 1 a 1 no primeiro jogo da final, disputado no estádio Cornélio de Barros, sem a presença de público por conta da pandemia da Covid-19.
Com o resultado, quem vencer na próxima quarta-feira, no Arruda (também com portões fechados para a torcida) fica com a taça. Uma nova igualdade leva a disputa para os pênaltis. O Tricolor busca o seu 30º título estadual, enquanto o Carcará quer fazer história como o primeiro campeão do interior. Uma curiosidade é que, para o Santa, agora o título só virá de forma invicta. Feito que os corais não conseguem há 88 anos
O jogo
Para a decisão, o técnico tricolor Itamar Schulle surpreendeu na escalação ao mandar a campo um Santa Cruz com três zagueiros, com a entrada de Célio Santos na vaga do atacante Victor Rangel. Com isso, o intuito era dar maior liberdade para o apoio ofensivo dos laterais e também cobrir a marcação do lado esquerdo, nas costas de Fabiano, um dos maiores problema da equipe em outros jogos.
Do lado do Salgueiro, o técnico português Daniel Neri manteve a base da equipe que derrotou o Afogados nas semifinais. E com estratégias distintas, as duas equipes fizeram um primeiro tempo equilibrado.
Com a nova formação, o Santa Cruz conseguiu o propósito de ter mais a bola nos pés, com Paulinho mais avançado (e sofrendo marcação individual do volante Willian Daltro). Já o Salgueiro, a proposta era de verticalizar o jogo ofensivo com rapidez, sempre que retomava a posse de bola. Porém, nessa guerra de estratégias, o primeiro gol saiu graças a um erro individual.
Aos 13 minutos, o meia Renato arriscou um chute rasteiro, de fora da área, e o goleiro Maycon Cleiton, o melhor do campeonato, aceitou um “frangaço”. Sorte dos tricolores que a reação veio de imediato. Dois minutos depois, após boa cobrança de escanteio de Didira, o zagueiro Danny Morais subiu mais alto que a zaga do Carcará e empatou, de cabeça.
Após a igualdade, as marcações dos dois times se sobressaíram. Com as poucas chances de gol sendo fruto apenas de cobranças de falta do experiente Ciel, por parte do Salgueiro.
Segundo tempo
O Salgueiro também voltou com uma alteração, com Tarcísio ocupando a vaga de Alison no ataque. O jogo, no entanto, não mudou, seguindo bastante equilibrado. E com as defesas se sobressaindo, as chances de gol ficaram ainda mais escassas.
Tanto, que até os 30 minutos, o único lance digno de registro foi uma falta com perigo cobrada por Didira, que tentou surpreender o goleiro do Salgueiro, que estava atento. Os dois treinadores ainda buscaram novas opções, com as entradas de Jeremias, no Santa, e da dupla Thomas Anderson e Raimundinho, no Salgueiro. Mas o empate permaneceu, deixando a disputa do título em aberto.
Ficha do jogo
Salgueiro 1
César Tanaka; Sinho, Ranieri, Arthur e Daniel; Bruno Sena, Willian Daltro e Renato (Raimundinho); Ciel, Muller Fernandes (Thomas Anderson) e Alison (Tarcísio). Técnico: Daniel Neri
Santa Cruz 1
Maycon Cleyton; William Alves, Célio Santos (Tinga) e Danny Morais; Toty, André (Bileu), Paulinho, Didira (Jeremias) e Fabiano; Derlis Alegre (Victor Rangel) e Pipico. Técnico: Itamar Schulle.
Local: Estádio Cornélio de Barros, em Salgueiro
Árbitro: Rodrigo Pereira.
Assistentes: John Andson e Dhiego Cavalcanti.
Gols: Renato, 12 min, e Danny Morais, aos 15 min do 1º
Cartões amarelos: Bruno Sena, Arthur, Daniel, Tarcísio (S), André (SC)