Santa Cruz

SANTA CRUZ

Martelotte projeta 'reverter' desfecho de 2017 e mira esquema tático com 'adaptação' no Santa

Último clube quem comandou foi Taubaté, de São Paulo, ainda na temporada passada

postado em 09/09/2020 14:37 / atualizado em 09/09/2020 14:56

(Foto: Rafael Melo/Santa Cruz)
O novo técnico do Santa Cruz, Marcelo Martelotte, é na verdade um antigo conhecido dos tricolores. E agora, para a sua quarta passagem como treinador da equipe, projeta reverter o desfecho da temporada de 2017, quando o Tricolor caiu da Série B do Campeonato Brasileiro para Série C. Essa, até então, tinha sido a última vez em que comandou o Santa. Agora querendo traçar o "caminho de volta", o treinador revelou como pretende estabelecer o esquema tático do elenco, afastando qualquer modelo fixo, por enquanto.

“A passagem de 2017 não foi a mais feliz, culminou com o rebaixamento e é justamente para reverter e mudar essa imagem, levar novamente o santa à Série B - condição que encontrei em 2017 - que estou hoje de volta”, mirou de início.

O Santa será o primeiro clube de Martelotte em 2020, já que o comandante estava afastado das atividades oficiais do futebol por um problema de ordem pessoal. Apesar disso, ele garantiu ter dedicado tempo aos estudos e acredita que agora é a “oportunidade” de pôr em prática.

“Trabalhei em Taubaté, na Série A2, durante um ano e pouco, e passei praticamente agora um ano e meio parado, por uma questão pessoal, por um problema de saúde da minha esposa, mas sempre estudando e me preparando para voltar melhor. Acho que essa é a oportunidade que tem para gente mostrar toda vontade e conhecimento, e colocar em prática, principalmente porque a gente sabe o quanto é importante para o Santa essa competição, o resultado e o acesso”, explicou Marcelo.

Afastando a implementação de um esquema tático específico para o elenco coral nesse reencontro, o treinador levantou que adaptações devem acontecer para que as características sejam mantidas, em busca de melhoria e evolução. Além disso, ele rememorou um outro grupo que também esteve sob seus cuidados no Santa, em 2015, exemplificando-o como “referência” que deve servir de inspiração para os atletas de hoje.

“Não tenho um esquema de jogo fixo na cabeça, acho que a gente pode se adaptar a melhor característica do nosso elenco, mas lógico que o time de 2015 é referência, não só pelo resultado que alcançou na final da competição, mas pelo futebol que mostrou, pelo momento que viveu, principalmente na reta final da Série B, com vitórias consecutivas e um futebol alegre. Era um time que fazia muitos gols e que chamava atenção por isso. Espero, se possível, repetir novamente essa característica de jogo que o torcedor gosta e que, para mim, é a maneira mais simples de chegar aos resultados que a gente busca”, disse o técnico.

Marcelo pretende ainda nesta semana conhecer todas as características que tem à sua disposição no plantel. E fez questão também de elogiar o trabalho que até pouco era realizado por Itamar. “A gente vai o mais rápido possível, se der já nessa semana, identificar a melhor característica dos  nossos atletas, mas sempre lembrando que o trabalho vinha sendo feito com qualidade. É importante que a gente não chegue mudando a característica da equipe, mas pensando sempre em melhorar e evoluir”, afirmou.