No primeiro clássico após extinção, facções organizadas se fazem presentes no estádio

Além de toda a expectativa que gera um Clássico das Emoções dentro de campo, pelo contexto natural de competição e rivalidade, havia também neste domingo uma certa curiosidade sobre o cenário fora das quatro linhas. Mais especificamente em uma parte de cada torcida no estádio do Arruda porque este foi o primeiro clássico após a extinção das principais facções organizadas de cada clube. Mas o que se viu foram os mesmos comportamento dos últimos anos. 

Do lado Tricolor, a facção organizada fez o mesmo procedimento de todos os jogos, reunindo-se na sua sede próxima ao estádio e caminhando em grupo em direção ao José do Rêgo Maciel, reproduzindo os cânticos de sempre - fazendo reverências a si e xingando o lado Alvirrubro.

Já a facção organizada do Timbu esteve em menor número, é verdade, mas também proferindo as músicas de sempre - com o mesmo tom do já citado pelo lado coral. Nos uniformes, como há a proibição da marca de cada facção, tanto os tricolores quanto os alvirrubros usaram as camisas que fazem alusão a elas próprias, como a do Náutico, com a data de fundação da própria facção; enquanto a do Santa Cruz faz referência ao ano de surgimento do clube. Quanto aos artefatos, aliás, mesmo cenário: cada uma com a sua bateria, faixas e bolas.  Algo que já vinha sendo feito independente da extinção. Nada mudou. 

No último dia 18, atendendo a um pedido feito pela Procuradoria Geral do Estado, o juiz Augusto Sampaio Argelim, da 5ª Vara da Fazenda Pública da Comarca do Recife, decretou pela extinção das três principais torcidas organizadas do Estado: Jovem do Sport, Inferno Coral, do Santa Cruz, e Fanáutico.

Com as decisão, as três facções, que já estavam impedidas de frequentarem os estádios, tiveram encerrados os seus Cadastros Nacionais de Pessoa Jurídica (CNPJ), ficando assim impossibilitados de exercerem quaisquer atividades comerciais. Elas também tiveram suas contas bancárias bloqueadas e as sedes fechadas.