A Assembleia Extraordinária Geral que poderia definir, no próximo dia 22, a partir das 7h, na sede do Arruda, a aprovação das mudanças do estatuto vigente do Santa Cruz, deve ter uma nova data para acontecer. Adiamento em virtude dos Decretos do Estado e do Recife que limitam eventos a partir de 500 pessoas, devido à pandemia do Coronavírus (Covid-19).
O movimento-político Intervenção Popular Coral (IPC), que encabeça o grupo de lideranças em favor da reforma do estatuto da Cobra Coral e está à frente das discussões a respeito da renovação estatutária do Santa Cruz, publicou em suas redes sociais na tarde desta segunda-feira que solicitará à Justiça o adiamento da Assembleia Geral de Sócios. Ainda não se sabe, no entanto, qual será a nova data.
“Nós não colocaríamos em risco em hipótese alguma a saúde do torcedor. Nós vamos pedir que essa Assembleia tenha data supensa. A gente vai pedir que a juíza garanta que as assinaturas continuem válidas, que todos os procedimentos sejam regulados. Apenas a data vai ficar suspensa por tempo indefinido em virtude do Decreto Estadual e Municipal, até que a situação se normalize”, explicou Jhonny Guimarães, integrante do movimento.
Aqui, cabe uma explicação. A realização da Assembleia Geral de sócios foi conquistada por meio de uma ordem judicial, uma vez que os torcedores do Santa Cruz reuniram 919 assinaturas verificadas, o que totaliza um quinto das assinaturas dos sócios votantes e adimplentes - assim seguindo a determinação do atual estatuto para se convocar uma Assembleia Geral.
O Santa Cruz iniciou uma movimentação pela modernização do estatuto do clube, considerado por muitos torcedores como ‘obsoleto’, há aproximadamente dois anos. No entanto, o grupo era formado por uma comissão liderada por dirigentes, mas somente no fim de 2019 contou com a presença de variados torcedores e torcedoras da Cobra Coral que, hoje, encabeçam o IPC (Intervenção Popular Coral).
Entre as reformas sugeridas, estão: voto para todas as categorias de sócio do clube; extinção da Comissão Patrimonial (transformar em Diretoria Patrimonial ou subordinada ao Executivo); ficha limpa para candidatos e sócios; fim da quitação de débitos no dia da eleição; publicação digital da listagem de associados; diminuição do número de conselheiros efetivos; proibição de antecipação de receitas em anos de eleição.